luta socialista

Pesquisa Quaest revela avaliação do governo Lula e cenários da corrida presidencial de 2026

A nova rodada de pesquisas da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, chega como um termômetro crucial para a política brasileira — e como uma pedra atirada no aquário dos oportunistas de sempre. Entre quarta e sexta desta semana serão divulgados dados que vão além de números frios: tratam-se de sinais sobre a resistência popular, a máquina de propaganda da direita e o espaço que o campo progressista tem para articular respostas concretas ante os ataques conservadores.

Na quarta (20) sai a avaliação do governo Lula. No último levantamento, de 16 de julho, o presidente aparecia com 43% de aprovação e 53% de desaprovação — um resultado que chamou atenção, mas que precisa ser lido com cuidado. Esses números não contam a história inteira: mostram o desgaste que a direita tenta ampliar, mas também revelam blindagem popular frente aos ataques e sabotagens. A direita faz barulho, inventa crises e tenta empurrar o país para a instabilidade — mas é nas ruas e nos serviços públicos que a maioria segue buscando respostas concretas.

Na quinta (21) será a vez dos cenários para 2026. Pela primeira vez, a Quaest inclui o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como potencial adversário de Lula — além, claro, de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Leite (PSD), Eduardo Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União). O levantamento anterior indicou que Lula venceria todos esses adversários no 1º turno e que, num eventual 2º turno, apenas empataria com Tarcísio. Ou seja: a direita fragmentada e esgarçada segue incapaz de apresentar uma alternativa sólida ao projeto popular representado pelo PT.

Não é por acaso: a direita organizada em rede, financiada por bilionários e alimentada por um aparato midiático que não cansa de mentir, tenta colar sua imagem como “oposição eficiente”. Mas a agenda real que interessa ao povo — empregos, serviços públicos, tarifas justas, defesa das estatais — não passa por eles. A inclusão de múltiplos candidatos bolsonaristas e pós-bolsonaristas nas simulações só evidencia o desespero por um nome único que possa aglutinar votos antipetistas; até lá, seguirão se matando em campanha e cedendo espaço para que o campo progressista amplie unidade e articulação.

Na sexta (22) serão divulgadas avaliações dos governadores e intenções de voto em disputas estaduais — a pesquisa promete mapear Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros pontos. Foram realizadas 12.150 entrevistas entre quarta-feira (13) e domingo (17), o que confere robustez amostral para analisar tendências regionais e o impacto das políticas públicas locais. A pesquisa também vai medir a percepção sobre o “tarifaço de Trump” e a opinião geral sobre a economia — questões que mobilizam diretamente o bolso e o humor social.

Não vamos nos enganar: o “tarifaço” e os golpes econômicos frequentes são instrumentos de desestabilização que visam transferir o ônus da crise para a maioria enquanto protegem lucros de poucos. A tarefa de quem está à esquerda não é apenas “melhorar os números” em pesquisas, mas construir alternativas reais — defesa das estatais, regulação dos preços, combate às privatizações e redistribuição de renda. O PT, sob Lula, tem sido central nesse esforço e deve ser empurrado a aprofundar essa agenda com coragem e criatividade.

O que esperar, então? Mais do que festejar picos de aprovação, precisamos converter pesquisa em política: organizar militância, explicar conquistas e denunciar ataques, fortalecer alianças sociais e populares e ampliar disputa cultural contra o discurso da elite. A direita segue armada com fake news e bilionários, mas não tem projeto social. A tarefa de desmontar essa alternativa reaccionária e construir um caminho verdadeiramente democrático e anticapitalista é nossa — e começa em casa, nas ruas e nas urnas.

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