luta socialista

Haddad denuncia ataque do bolsonarismo ao Banco do Brasil: “Estão tentando minar nossas instituições”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acendeu o alerta: estamos diante de uma ofensiva política que mira diretamente uma das nossas instituições públicas mais importantes — o Banco do Brasil. Em entrevista ao Jornal GGN, Haddad denunciou que bolsonaristas articulam uma campanha de desinformação destinada a desestabilizar o banco, incitando clientes a fechar contas e divulgando boatos que já começam a afetar a saúde financeira da instituição. O episódio não é isolado; faz parte de uma estratégia maior de desmonte e de deslegitimação das estruturas estatais que protegem a maioria dos brasileiros.

Ataque concertado ao Banco do Brasil

“Tem acontecido um ataque ao Banco do Brasil por parte do bolsonarismo. Há bolsonaristas em rede social defendendo saque de valores de [contas no] Banco do Brasil, por exemplo.” — Fernando Haddad. Haddad deixou claro que, além dos posts e perfis coordenados, há tentativas legislativas futuras que favorecem setores privilegiados, como o agronegócio, sem qualquer preocupação com a justiça social ou com a sustentabilidade das contas públicas. “Há projetos de lei no Congresso para perdoar dívidas do agronegócio, que não está com problemas, no Banco do Brasil. Está aumentando a inadimplência no Banco do Brasil por uma ação concertada, deliberada, de bolsonaristas que estão tentando minar as instituições públicas” — Fernando Haddad.

Não é acidente: é sabotagem política. O Banco do Brasil já registrou queda expressiva nos lucros e, na pressa de conter o estrago, a diretoria iniciou uma operação de pacificação: telefonemas aos 100 maiores investidores, orientação de gerentes para conversas com clientes e acionamento da Advocacia-Geral da União para medidas jurídicas contra perfis que espalham fake news. A própria existência dessa resposta oficial revela a gravidade — e a eficácia — da campanha de boatos.

Enquanto isso, a direita midiática e seus cúmplices digitais riem das consequências, torcendo para que o sistema financeiro nacional fique fragilizado e para que a opinião pública associe gestão pública à incompetência. É um jogo baixo, político e econômico, que visa abrir espaço para privatizações e para entregar ativos estratégicos aos bilionários afins ao bolsonarismo. Não podemos permitir que interesses privados e rancores autoritários ditem o destino das estatais brasileiras.

Sanções e um ambiente político tóxico

O cenário se agrava quando se mistura política doméstica com pressões internacionais. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes foi alvo de medidas associadas à chamada Lei Magnitsky, dos Estados Unidos, que traz implicações sérias, como congelamento de ativos. Haddad comentou o caso e seu contexto: “O Brasil é um país que está sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor” — Fernando Haddad. Essa observação não é retórica vazia: expõe como as forças conservadoras internas e externas se alinham quando o objetivo é enfraquecer um projeto que protege os interesses populares.

O clima político, nas palavras do ministro, está “tóxico”: vale tudo, os jogos limpos foram deixados de lado e isso compromete a própria saúde da democracia. “Isso compromete a saúde da democracia brasileira. Por isso, não podemos arredar pé da defesa das instituições” — Fernando Haddad. Precisamos afirmar isso com clareza: a defesa das instituições públicas é defesa da soberania popular. Defender o Banco do Brasil hoje é defender crédito rural com regras justas, é defender linhas de financiamento para a habitação e para o desenvolvimento regional, é defender emprego e serviço público.

A batalha é política, mas seus efeitos são concretos: prejuízos nas contas do banco, insegurança entre investidores e clientes, e um ambiente susceptível a manobras de mercado. A resposta política também deve ser organizada e firme — e o PT, sob Lula, tem papel central para transformar o alerta em ação, ampliando a resistência popular e construindo saídas que fortaleçam o Estado, as estatais e a democracia.

É hora de reagir com estratégia e indignação. Não basta lamentar: é preciso mobilização, informação correta e defesa intransigente das instituições que ainda servem ao povo. É preciso defender as estatais com unhas e dentes! Só assim garantiremos que o Brasil não seja entregue novamente aos predadores do patrimônio público.

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