luta socialista

Em campanha acelerada, Lula lança novo vale-gás no maior aglomerado de BH

Numa demonstração clara de que o governo não está disposto a entregar o terreno das políticas sociais para as farsas neoliberais da direita, o presidente Lula deve lançar o novo vale-gás — agora chamado Gás do Povo — no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, na próxima quinta-feira, 4 de setembro. A escolha da maior favela de BH, com cerca de 50 mil moradores, não é acidente de roteiro: é política, é presença e é disputa de narrativa contra quem quer privatizar até o ar que respiramos.

“A Secretaria de Comunicação Social do governo confirmou a previsão de horário e local”, disse a Secom. A sugestão de levar o ato para a Serra partiu do ministro Alexandre Silveira, mineiro e titular de Minas e Energia, responsável pela elaboração do programa que será enviado ao Congresso por medida provisória. “Lula intensificou o discurso eleitoral”, disseram ministros e aliados próximos do presidente. Traduzindo: o presidente quer fazer do final do mandato uma etapa de acúmulo de força social e política — e não um estoque de concessões aos poderosos.

Gás do Povo: mais do que um nome

O Gás do Povo foi batizado para sinalizar o propósito: recuperar a ideia de que serviços essenciais não podem virar mercadoria exclusiva dos que têm contas bancárias gordas. O programa deverá beneficiar 15,5 milhões de famílias e tem custo previsto de R$ 5 bilhões em 2026 — um investimento público que a direita sempre tenta transformar em crime de responsabilidade, menosprezando o óbvio: sem Estado forte não há democracia social. O número inicial de beneficiários chegou a ser estimado em 17 milhões, mas foi recalculado; o nome também mudou — saiu o “Gás pra Todos” e entrou um título com tom mais político e popular.

O governo opta por encaminhar a proposta via medida provisória, atalho necessário para acelerar a entrega a quem mais precisa e para colocar a pauta social na frente da disputa política. Minas Gerais, com seu eleitorado gigantesco e decisivo, foi escolhida também com olho estratégico: é palco onde a direita tenta ressurgir com figuras como Romeu Zema e onde candidatos como Tarcísio de Freitas se apresentam como opção para disputar o Planalto. Não vamos aceitar que o futuro do povo brasileiro seja decidido nos gabinetes dos bilionários!

Este é um programa que disputa corações e estômagos: enquanto a direita vende privatização e desemprego, o governo aposta em estatais e políticas públicas para garantir dignidade. Lula leu uma carta de Getúlio Vargas no ato e consolidou o novo slogan da gestão — “Governo do Brasil: do lado do povo” — como forma de reafirmar que o Estado tem de estar presente onde a vida acontece.

As notícias também apontam para uma mudança de tom nos bastidores: depois de uma cobrança direta de Lula, ministros do Centrão foram aconselhados a não aparecer em eventos dos seus partidos — sinal claro de que o presidente não aceita que interesses partidários corroam a unidade das políticas públicas. Essa cobrança busca evitar que o Centrão transforme cada programa social em moeda de troca eleitoral e mantenha o foco na implementação das medidas. Não é hora de armar trégua com quem aposta no caos para faturar em cima do povo.

Quem acha que política social é espetáculo de televisão e caixa 2, que se prepare: aqui a prioridade é salvar vidas e arrancar direitos das garras do mercado.

O lançamento no Aglomerado da Serra será, portanto, mais que a entrega de um benefício material: será um gesto político que reforça a centralidade do PT e de Lula neste novo ciclo de luta anticapitalista que queremos construir. A disputa eleitoral está posta, e o campo popular precisa responder com clareza: defender estatais, combater privatizações e manter a luta por justiça social traduzida em política pública real. O Gás do Povo é um passo nessa direção — e chega para lembrar que o projeto popular não aceita retrocessos.

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