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Haddad alerta: lavagem de dinheiro via fintechs está com os dias contados – “Vamos seguir o dinheiro”

O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que fintechs e fundos de investimento serão vigiados com lupa não é apenas mais uma medida técnica: é uma bofetada na cara do crime organizado e dos amigos do dinheiro sujo. Enquanto a direita grita contra o Estado e vende privatização como salvação, o governo dá um passo concreto para fechar os buracos por onde circulam fortunas sem origem. É hora de deixar claro: quem lucra com a desregulamentação e a farra financeira está com os dias contados.

Haddad foi direto ao ponto ao comentar a megaoperação que expôs o uso de instituições financeiras tradicionais pelo PCC para lavar dinheiro e ocultar patrimônio. “Usaremos a Inteligência Artificial que já dispomos para rastrear e acompanhar o que entra e o que sai das fintechs. Quem abastece as contas, como se dão as movimentações, para onde foi o dinheiro. Quem está fazendo o quê” — Fernando Haddad. O recado é simples e necessário: tecnologia do Estado contra a coragem dos ricos de sempre. Não se trata de perseguição ideológica, mas de seguir o dinheiro onde ele tenta se esconder.

A promessa vai além de palanque: Haddad garantiu que a fiscalização sobre essas empresas será tão rigorosa quanto a aplicada ao sistema bancário tradicional, com ferramentas capazes de detectar movimentações atípicas, entradas e saídas sem identificação clara. “Tudo isso a nossa IA vai pegar e vamos para cima de quem estiver fazendo coisa errada. Vamos seguir o dinheiro do criminoso” — Fernando Haddad. Irônico que, em plena era da digitalização, alguns ainda acreditem que bilhões podem se evaporar sem deixar rastros — ou que podem contar com a conivência de reguladores aliados à velha oligarquia.

O que vem por aí

A operação da manhã revelou material abundante e, segundo a Polícia Federal, deve apontar novos grupos envolvidos em esquemas milionários de adulteração de combustíveis e sonegação de impostos. As investigações também miram operações de lavagem ligadas ao narcotráfico e à corrupção. Mas nem tudo é limpinho: delegados federais soaram o alarme sobre o número surpreendente de mandados de prisão preventiva não cumpridos — dos 14 expedidos, apenas seis foram efetivados, e alguns alvos ainda conseguiram escapar.

“É totalmente atípico em nossas operações acontecer isso. Prender menos do que se deveria. Geralmente, escapa um ou outro. E não a maioria como agora. Temos que investigar o porquê disso. Se houve vazamento de informações e de onde” — um investigador da Polícia Federal. Ou seja: há vento de sabotagem soprando contra a investigação, e onde há sabotagem, quase sempre aparece interesse político e proteção de figuras poderosas. E de novo: quem tem amigos no poder se movimenta com outra tranquilidade.

Os agentes não se deixaram abater. “É uma questão de honra. Não vamos desistir” — um dos agentes. Boa! Que essa honra vire investigação implacável, processo e condenação. É isso que o país precisa: mais Estado, menos compadrio; mais investigação, menos blindagem corporativa. A história não perdoa quem protege criminosos por interesse ideológico ou financeiro.

O recado também é para os que fantasiam de liberais: privatizações e desmonte das instituições só ampliam o espaço para fraudes e para a institucionalização da impunidade. Enquanto alguns sonham com mercado livre para bilionários, a gente quer Estado forte e estatais que funcionem como instrumentos de controle e de interesse público. Se a direita acha que pode se esconder atrás de fintechs e fundos, vai ter surpresa amarga: o Estado está armado de tecnologia e vontade política.

Que essa operação seja o começo de uma cruzada séria contra o dinheiro sujo — e que os responsáveis por vazamentos, blindagens e fugas sejam apontados, julgados e punidos. A reconstrução do país passa por enfrentar quem lucra com a miséria e com a corrupção; não por abrir mais espaço para que o capital especulativo e os amigos do poder dominem tudo. Lula, Haddad e o campo popular têm a chance de transformar promessas em prática: vamos acompanhar, exigir e pressionar. Quem protege criminosos do alto escalão terá de responder. Quem acredita na nossa força também está convocado. Quem não, que se cuide.

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