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Entenda como vai funcionar o novo programa Gás do Povo lançado pelo governo

O governo federal lança em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (4), o programa Gás do Povo — uma medida que busca ampliar o acesso ao gás de cozinha e tirar das costas da população mais pobre mais um peso dessa conta absurda que a inflação e o mercado impõem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da cerimônia e o anúncio vem com números claros: a proposta deve beneficiar 15,5 milhões de famílias e terá custo estimado de R$ 3,57 bilhões ainda este ano, subindo para R$ 5,1 bilhões em 2026. É uma resposta social necessária, e também uma resposta política: enquanto a direita ataca estatais e sonha com lucros dos bilionários, o governo toma medidas reais para garantir direitos básicos.

Como vão ser as retiradas?

O programa vai oferecer gratuidade no botijão de GLP via vouchers. Os contemplados deverão retirar os botijões nas revendas credenciadas mais próximas de casa, com a autorização feita por quatro caminhos possíveis: aplicativo (vale digital); cartão específico do programa; QR Code (vale impresso obtido em lotéricas e agências da Caixa); ou o cartão do Bolsa Família, conforme o caso. A gratuidade será concedida no momento da compra, após validação na revenda habilitada — ou seja, nada de pagar e depois tentar compensar. É a óbvia exigência de que o benefício seja usado para o fim a que se destina: gás na cozinha, não lucro extra para atravessadores. O desenho evita desvios e tenta blindar os recursos públicos da lógica predatória do mercado.

Previsão de início: as primeiras entregas devem começar em novembro, com a meta de que, em março de 2026, todos os beneficiários já estejam atendidos. Isso precisa ser acompanhado com fiscalização e organização popular — não adianta criar o programa e deixar a burocracia ou o capital local boicotar a entrega.

Quem tem direito e quantos botijões?

Têm direito as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo (R$ 759), dando prioridade às famílias que recebem Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). A distribuição considera o tamanho do núcleo familiar: famílias com dois integrantes podem sacar até três botijões por ano; com três integrantes, até quatro; e com quatro ou mais, até seis botijões por ano. Cada benefício terá validade de até seis meses. Não se trata de esmola: é uma política pública que corrige uma distorção social criada por um sistema que lucra com necessidades básicas.

Como identificar as revendas participantes? As empresas que quiserem aderir devem obedecer regras de identidade visual — incluindo portarias de revenda, botijões, veículos e materiais de comunicação — e o aplicativo do beneficiário indicará as revendas credenciadas mais próximas. Isso facilita a vida do cidadão e ajuda a criar transparência. E nos municípios que não tiverem revenda credenciada? A regra é que distribuidores de GLP com participação igual ou superior a 10% no estado garantam a oferta do benefício nessas localidades. Caso contrário, o beneficiário deverá se deslocar ao município mais próximo com revenda credenciada.

Esse programa sucede e amplia o atual Auxílio Gás, oferecendo uma nova modalidade do auxílio para famílias em situação de maior vulnerabilidade. É um passo prático que materializa a prioridade de um governo que decide intervir para proteger o povo, enquanto a direita prega desmonte e entrega do que é público.

O desafio agora é assegurar que o Gás do Povo funcione de verdade: fiscalizar credenciamentos, combater tentativas de captura por revendas oportunistas e articular com movimentos sociais para que a população saiba seus direitos e exija o cumprimento do programa. Este é o momento de pressionar por mais políticas públicas que enfrentem as desigualdades de forma estruturante — e de manter a luta contra o bolsonarismo e seus herdeiros, que só veem no sofrimento oportunidade de privatizar e lucrar. A batalha por dignidade segue, e programas como este mostram que outro caminho é possível e necessário.

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