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CPI do INSS aprova quebra de sigilos do ‘Careca’ investigado por desvio milionário

A CPI do INSS deu mais um passo nesta quinta-feira (11) na direção de limpar a sujeira que federa nos corredores da Previdência: aprovou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O personagem, que virou sinônimo de esquema para desviar recursos de aposentados e pensionistas, foi convocado para depor no dia 15 — e agora não tem mais onde se esconder. É hora de luz sobre essas quadrilhas que lucram com a miséria dos idosos!

Quem é o “Careca do INSS” e o que a PF aponta

Segundo a Polícia Federal, empresas ligadas a Antônio Carlos funcionavam como intermediárias financeiras das associações investigadas. “As empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes recebiam dinheiro das entidades e, depois, repassavam os valores a pessoas ligadas às associações ou a servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)” — Polícia Federal. Em outras palavras: um sistema de lavanderia para grana de aposentado, com nomes, contas e transferências milimetricamente planejadas.

A PF afirma que o “Careca do INSS” recebeu R$ 53 milhões de associações de aposentados e pensionistas. E a investigação rastreou transferências de mais de R$ 9 milhões para pessoas ligadas ao INSS. Dá para imaginar? Enquanto bilionários e parasitas do mercado tutelem o país e demonizam o serviço público, vão sugando até o último centavo dos que mais precisam!

As quebras de sigilo aprovadas pela CPI não param aí: atingem também Alessandro Stefanutto, afastado do comando do INSS após a operação que revelou o esquema; Danilo Trento, apontado como parceiro do ex-procurador-geral do INSS Virgílio de Oliveira Filho; e, claro, as entidades que vinham praticando descontos fraudulentos. Alguns requerimentos contra o ex-ministro Carlos Lupi foram retirados da pauta num acordo político entre oposição e governo — conveniências sempre existem quando a política vira balcão.

“As informações deverão abranger o período entre a assinatura do acordo de cooperação da entidade com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 2025” — senador Carlos Viana, presidente da CPI. Ou seja: a varredura alcança os últimos anos e, espera-se, toda a teia de negócios ilícitos montada sobre as costas dos aposentados.

Não se trata só de desvios: trata-se de um ataque organizado aos direitos dos aposentados! Enquanto cortam serviços, privatizam e atacam o funcionalismo, facções como essa comemoram — e faturam alto em cima do sofrimento social.

A plateia conservadora, que grita pela “eficiência” do mercado e pela privatização das estatais, precisa encarar o óbvio: quem lucra com a fragilização do Estado é o mesmo que financia campanhas, pauta juristas neoliberais e gasta milhões em lobby. Se o INSS vira caixa fácil, é porque houve conivência, falta de fiscalização e uma política que trata o público como caça ao tesouro.

Como militante e jornalista, não me contento com operações-tapa-buraco. A investigação precisa chegar a todos os eloquentes “apadrinhamentos”: Stefanutto era apadrinhado pelo ex-ministro Carlos Lupi, que acabou saindo do cargo no meio do turbilhão provocado pela PF. É preciso rasgar o véu que protege redes de influência e, ao mesmo tempo, reconstruir e fortalecer o sistema previdenciário público — não abri-lo para predadores privados!

Este caso é mais uma prova de que a luta pelos direitos sociais não é só administrativa: é política. Precisamos defender o INSS, as estatais e a soberania nacional contra a sanha privatizante da direita e seus agentes. E quem tem um projeto progressista consistente — Lula e o PT — devem ser empurrados para a tarefa de transformar essa investigação em política pública real: fortificar o serviço público, punir impunidades e restaurar o respeito aos aposentados.

Então, que venha o depoimento do “Careca”! Que se quebrem todas as cortinas de fumaça! Que a CPI não seja apenas espetáculo, mas instrumento para desmontar a máquina de desvio que lucra com o envelhecimento dos trabalhadores. A esperança é popular, e só uma mobilização coletiva pode garantir que os roubos não voltem a se reproduzir. Afinal, quem protege o Brasil são as estatais, o trabalho organizado e a luta nas ruas — não os conspiradores do bolso alheio.

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