Desde que o Supremo Tribunal Federal decidiu impor tornozeleira eletrônica ao senador Marcos do Val, o barril de pólvora chamado política brasileira ganhou mais uma fagulha. A determinação do ministro Alexandre de Moraes reflete não apenas o peso da lei, mas também a necessidade de estancar a farra de privilégios e desrespeito institucional que avança com conforto entre certas bancadas do Congresso!
Desrespeito escancarado às decisões do STF
Na decisão obtida pela imprensa, Moraes deixa claro que o senador “deliberadamente descumpriu a imposição das medidas cautelares em claro desrespeito às decisões proferidas por este Supremo”. Segundo o ministro, Marcos do Val embarcou para os Estados Unidos usando passaporte diplomático, mesmo diante de ordem expressa de não viajar. Ele viajou com passaporte diplomático para burlar a Justiça! Esse comportamento demonstra um completo desprezo pelo Poder Judiciário e um desprezo ainda maior pela lógica de que todos devem responder pelos próprios atos.
Além de ignorar as determinações sobre a tornozeleira eletrônica, o parlamentar é investigado por ataques institucionais contra o STF e a Polícia Federal, numa sequência de denúncias graves. Vazamento de dados pessoais de delegados, ofensas aos ministros e tentativas de minar as instituições demonstram um padrão de atuação que flerta perigosamente com o autoritarismo. Ao agir dessa forma, Marcos do Val aposta em um teatro de poder, mas acaba revelando o quanto certas figuras do Congresso se veem acima da lei.
“A conduta do investigado demonstra absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário”, anotou Moraes em seu despacho — e como não concordar que toda minoria que tenta atropelar a democracia merece resposta firme do Judiciário?
Para garantir a efetividade das investigações e impedir novos arroubos criminosos, o ministro também determinou o bloqueio de contas bancárias, do salário e de todas as verbas de gabinete do senador. Esse parlamentar demonstrou total desrespeito às nossas instituições! E não se trata de perseguição política: trata-se de responsabilizar quem insiste em tratar o Estado de Direito como se fosse um brinquedo particular.
O episódio do vídeo da geladeira vazia, gravado por Marcos do Val para supostamente mostrar “sacrifício financeiro”, ganha contornos patéticos quando se descobre que, dias depois, ele passeava em Orlando com a família por mais de dez dias. Tudo isso custeado com nosso dinheiro, enquanto a conta de luz chega alta para a maioria dos brasileiros. Será que, no fundo, ele acha que a indignação popular não passa de palhaçada?
As mais recentes medidas de restrição não são exagero: são urgentes! Se a lei não funciona para frear a desfaçatez de alguns parlamentares, o próprio regime democrático corre risco de ser minado. É preciso fiscalizar, punir e, principalmente, desmistificar o mito de que a direita identificar-se com “liberdade” enquanto adota práticas autoritárias.
O uso de tornozeleira eletrônica, o bloqueio de bens e a vigilância mais rigorosa sinalizam que, no Brasil, nem todo representante público escapa ao alcance da lei. Para uma democracia que sobrevive sob embates diários com o fantasma do autoritarismo, ações como essa inspiram nossa luta por um poder popular de verdade. Chega de espetáculo midiático e impunidade no Congresso!
Agora, que essa decisão sirva de alerta: não basta apenas combater o bolsonarismo nas ruas e nas urnas; é fundamental também enfrentar a corrupção de privilégios dentro de Brasília. Enquanto ministros do STF se empenham em manter a ordem constitucional, cabe ao povo e aos seus legítimos representantes do campo popular reforçar a vigilância sobre quem pretende retroceder nossas conquistas. A justiça se faz com firmeza — e com a nossa participação ativa!