O frenesi dos Bolsonaro em busca de uma anistia para o capitão reformado tomou conta de Brasília. Sem escapatória na Justiça, Eduardo e Jair se voltam agora para o Legislativo, tentando forçar senadores e deputados a votarem pacificamente uma anistia que lhes libere das acusações de trama golpista e obstrução. Mas, convenhamos, dar anistia a quem tentou destruir as instituições democráticas? Qual será a próxima cartada desse show de horrores?
A família Bolsonaro articula o que chama de “solução política”: pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para incluírem na pauta os projetos de anistia e pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Segundo Eduardo, sem essa pauta, as sanções dos Estados Unidos cairiam sobre os dois: “Eles podem ser alvos de medidas por parte do governo dos Estados Unidos, caso não incluam na pauta de votações os projetos de anistia e os pedidos de impeachment de Moraes,” ameaçou o deputado. É de cair o queixo: chantagem internacional para proteger quem atacou o Supremo!
Enquanto batem o tambor da “preservação da democracia”, eles são os primeiros a rasgarem a Constituição. Imagine a audácia de querer perdoar quem já tentou dar um golpe! Enquanto isso, a nossa democracia sangra pelos cortes de verbas sociais e pelo avanço dos fundamentalistas no Congresso. É bom lembrar que a Câmara nunca foi tão alinhada aos interesses do grande capital e dos bilionários de direita, que agora querem salvar seu maior garoto-propaganda político.
Nos bastidores, investigadores apontam que a pressão exacerbada de Jair e Eduardo só complica ainda mais a situação jurídica do clã. “Já têm amplo material para indiciá-lo,” comentou um integrante da força-tarefa do Supremo, que prefere o anonimato. Documentos, mensagens e gravações indicam que Jair Bolsonaro coordenou a estratégia para deslegitimar o resultado das urnas de 2022. Por isso, a anistia não serve só para fugir de processos: é tentativa de negar o próprio golpe.
Alcolumbre e Motta se posicionam em um jogo de cintura exaustivo, tentando escapar das ameaças diplomáticas e das pressões políticas. Mas quem vive de chantagem sabe que é difícil recuar. A cada telefonema para Washington, Bolsonaro mais se enfraquece diante do Supremo. E a plateia, indignada, vê o espetáculo de horrores montado por essa família. Será que ainda há quem acredite em redenção para conspiradores da extrema-direita?
Enquanto isso, a esquerda vê na crise uma oportunidade de rearticular a resistência democrática. Lula e o PT lideram a mobilização popular contra a anistia midiática. Nas ruas, movimentos sociais intensificam protestos e debates: como garantir que o país não seja refém de extremistas midiáticos novamente? Não basta tirar Bolsonaro do poder; é preciso desmantelar as redes de ódio e de blindagem que o mantêm no jogo.
A conta é simples: se permitirmos a anistia de hoje, alimentamos a impunidade de amanhã. Se deixarmos escapar um golpe e seus artífices, decretamos o fim da soberania popular. Por isso, a pressão precisa crescer, tanto no plenário do Senado quanto nas ruas e nas redes. Só a mobilização pode derrotar a farsa bolsonarista e consolidar um projeto verdadeiramente popular e anticapitalista.
Que fique claro: a direita golpista não pode ditar o calendário legislativo nem intimidar autoridades com retaliações externas. A democracia brasileira precisa de aço e de coração. Eis o momento de fortalecer os movimentos sociais, apoiar Lula e o PT e mostrar que não há pacto possível com quem tentou fechar o Supremo Tribunal Federal. A única saída é a luta, sem tréguas, até que toda estrutura conservadora seja derrubada e o país volte a caminhar em direção ao bem-estar do povo.