luta socialista

Avaliação da atuação do governo Lula em nove áreas-chave, segundo pesquisa Ipsos-Ipec

A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta sexta-feira (19) traz um recado claro: as políticas públicas do governo Lula começam a ser reconhecidas pela população em áreas centrais como educação, combate à fome, saúde e segurança. Feita entre 4 e 8 de setembro com 2 mil eleitores em 132 cidades — margem de erro de dois pontos e nível de confiança de 95% —, a sondagem mostra variações que deixam a direita murcha e confirmam que uma política voltada ao povo altera a correlação de forças. Mas não nos enganemos: avanços são conquistas que precisam ser ampliadas e radicalizadas, não motivos para acomodação.

Veja números:

Educação: ótimo ou bom em 38% (eram 32% em junho de 2025); regular 26% (mantido); ruim ou péssimo 35% (eram 40%.

Combate à fome e à pobreza: ótimo ou bom 33% (eram 26%); regular 26% (mantido); ruim ou péssimo 40% (eram 46%).

Meio ambiente: ótimo ou bom 30% (eram 26%); regular 29% (eram 28%); ruim ou péssimo 38% (eram 41%).

Combate ao desemprego: ótimo ou bom 30% (eram 25%); regular 27% (eram 28%); ruim ou péssimo 41% (eram 45%).

Saúde: ótimo ou bom 28% (eram 22%); regular 29% (eram 28%); ruim ou péssimo 48% (eram 42%).

Política externa: ótimo ou bom 27% (eram 28%); regular 23% (eram 24%); ruim ou péssimo 44% (eram 39%).

Segurança pública: ótimo ou bom 26% (eram 20%); regular 28% (eram 26%); ruim ou péssimo 45% (eram 52%).

Combate à inflação: ótimo ou bom 21% (eram 16%); regular 26% (eram 24%); ruim ou péssimo 49% (eram 55%).

Controle e corte dos gastos públicos: ótimo ou bom 21% (eram 16%); regular 25% (eram 23%); ruim ou péssimo 49% (eram 55%).

Os dados mostram uma tendência de melhora em seis áreas onde o governo avançou de forma perceptível — educação, fome, saúde, segurança, inflação e gestão de gastos — enquanto em outras, como política externa e meio ambiente, as variações são mais modestas ou dentro da margem de erro. Esses resultados não caem do céu: refletem políticas proativas, restabelecimento de programas de transferências, reposição de salários do serviço público e a defesa das estatais como instrumentos de soberania e desenvolvimento. A política social voltou a olhar para quem precisa, e isso incomoda a elite e a direita.

É óbvio que ainda há muito a fazer: índices de insatisfação continuam altos em saúde e desemprego, e a direita tenta criminalizar cada avanço com seu repertório de mentiras e pânico moral. Não é por acaso que setores conservadores e bolsonaristas atacam o que resta de estatal e defendem privatizações como remédio milagroso para todos os males. Sabemos que privatização é receita para enriquecer bilionários e empobrecer o povo. Não aceitaremos retrocessos nem privatizações disfarçadas de “ajustes”.

O quadro exige duas atitudes simultâneas: consolidar as conquistas administrativas e elevar a disputa política. Lula e o PT ocupam papel central nesse processo — não apenas como alternativa eleitoral, mas como catalisadores de uma nova etapa de luta anticapitalista no Brasil. Precisamos que o governo avance na reforma tributária progressiva, na ampliação do investimento público e na democratização da economia, ampliando o papel das estatais e das políticas industriais a serviço do povo.

Quem acha que esses números são motivo para acomodação está completamente enganado. São, ao contrário, combustível para intensificar a mobilização popular, organizar as bases e derrotar o projeto reacionário que ainda respira. A direita ruge, mas morde o próprio rabo diante de avanços sociais; os bilionários se irritam, os aparelhos de propaganda se desesperam — e nós seguimos em frente, exigindo mais justiça social e coragem para enfrentar os verdadeiros donos do poder. O debate está aberto: ou aprofundamos a ruptura com o capitalismo concentrador, ou permitimos que o lucro e a privatização roubem o futuro do povo brasileiro. A escolha é nossa!

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