Faltando menos de duas semanas para as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o Ministério da Gestão publicou o cartão de confirmação de inscrição na segunda-feira (22) às 18h — e com ele acende-se mais uma oportunidade para quem quer jogar luz e força no serviço público, longe das privatizações e do aparelhamento entreguista da direita! A seleção oferece 3.652 vagas para níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16,4 mil. As provas objetivas ocorrem em 5 de outubro de 2025 e serão aplicadas em 228 cidades espalhadas pelo país; cada candidato foi alocado conforme o CEP informado na inscrição.
O CNU é uma disputa pelo Estado: ou fortalecemos serviços públicos e estatais, ou assistimos à entrega ao mercado e aos bilionários de sempre. Para acessar o cartão de confirmação, entre no mesmo site da inscrição (inscricao-cpnu.conhecimento.fgv.br), faça login com a conta gov.br e abra a Área do Candidato. O documento traz o endereço do local de prova, número definitivo da inscrição, horários e informações sobre atendimento especializado e uso do nome social. Embora não seja obrigatório, o MGI e a FGV recomendam levar o cartão impresso no dia da prova para facilitar a busca do local.
Vagas, blocos temáticos e salários
Ao contrário da primeira edição, desta vez o processo é regido por um único edital, com vagas organizadas em nove blocos temáticos: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência), Cultura e Educação, Ciências, Dados e Tecnologia, Engenharias e Arquitetura, Administração, Desenvolvimento Socioeconômico, Justiça e Defesa, Intermediário – Saúde e Intermediário – Regulação. Esse formato permite concorrer a várias vagas dentro do mesmo bloco com apenas uma inscrição — uma medida prática que evita a segmentação artificial que favorece interesses privados.
A maior fatia das vagas concentra-se em órgãos com sede em Brasília, mas há postos em muitos estados. Os salários iniciais partem de R$ 4 mil e chegam a R$ 16,4 mil, dependendo do cargo e escolaridade exigida — uma possibilidade real de trilhar carreira no setor público, construindo políticas públicas e resistindo às tesouradas do mercado.
As cotas do CNU buscam recolocar no Estado quem históricamente foi excluído: 25% para pessoas negras, 3% indígenas, 2% quilombolas e 5% para pessoas com deficiência. Quando o número de vagas for insuficiente para aplicar as cotas, o MGI adotou sorteio proporcional conforme a norma.
Outra novidade: há uma ação afirmativa inédita para mulheres. “Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa”, afirmou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, ao apresentar o edital. É uma resposta à desigualdade observada na edição anterior, quando a proporção de aprovados (63% homens e 37% mulheres) destoou da composição das inscrições (56% mulheres).
Provas e cronograma
A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025 e terá uma parte comum (língua portuguesa, raciocínio lógico, atualidades) e outra específica ao bloco temático. A prova será de múltipla escolha, cinco alternativas, uma correta: Nível Superior terá 90 questões (30 gerais e 60 específicas); Nível Intermediário, 68 questões (20 gerais e 48 específicas). A prova discursiva ocorre em 7 de dezembro de 2025 apenas para os habilitados na primeira fase. Nível Superior fará 2 questões discursivas (aplicação das 13h às 16h); Nível Intermediário, 1 redação dissertativa-argumentativa (13h às 15h). Os tempos totais: Superior, das 13h às 18h; Intermediário, das 13h às 16h30.
Cronograma relevante: prova objetiva 05/10/2025 (13h–18h); convocações para prova discursiva e confirmação de cotas em 12/11/2025; envio de títulos de 13 a 19/11/2025; prova discursiva em 07/12/2025; procedimentos de confirmação de cotas de 08 a 17/12/2025; divulgação da primeira lista de classificação em 30/01/2026.
Este concurso é uma luta política: cada servidor público concursado é um quilômetro a menos para o projeto privatista e reacionário que a direita tenta impor. Se você vai fazer a prova, organize o estudo, confira seu cartão e vá com tudo — não para administrar o colapso, mas para construir políticas públicas à altura das necessidades do povo. E se você acredita que o serviço público deve ser fortalecido, compartilhe essa informação e ajude a levar trabalhadores e trabalhadoras para o campo onde se decide o futuro do Brasil.
