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Lula retorna ao Brasil vitorioso após viagem arriscada que abalou a direita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao Brasil com o que a sua gente chama de saldo positivo — e com a direita em polvorosa. A viagem a Nova York, arriscada politicamente e repleta de armadilhas midiáticas, saiu do papel como demonstração de força: encontro rápido com Donald Trump, discurso na ONU com ampla repercussão internacional e rodada de conversas com lideranças de esquerda em defesa da democracia. Para quem acha que dialogar com o outro lado é capitular, fica o recado: é preciso enfrentar, isolar e desmascarar a extrema direita — e Lula mostrou que sabe fazer isso sem abrir mão de um projeto popular.

Interesse em encontro

A expectativa maior foi, sem dúvida, o breve encontro com Trump. O próprio ex-presidente americano não economizou no elogio cordial — “tivemos ótima química” — Donald Trump — e soltou aos microfones o que muita gente queria ouvir, para desgosto dos bolsonaristas. Assessores de Lula comemoraram nos bastidores a imagem de alguém capaz de navegar tanto no campo progressista quanto nos frontes adversários, sem perder o rumo. “A viagem reforçou o papel de Lula como um líder da esquerda mundial e ainda mostrou que ele tem capacidade de conversar com líderes da direita, como foi o encontro com Trump” — aliado de Lula.

Lula, por sua vez, deixou clara a disposição para avançar nas conversas — “Eu tenho total interesse neste encontro e espero que aconteça logo” — Lula — e reafirmou que democracia e soberania são inegociáveis, enquanto outros temas podem ser debatidos. A equipe palaciana, cautelosa, chegou a avaliar que um encontro virtual seria mais seguro para evitar cenas de constrangimento — como as armadilhas encenadas por certas lideranças mundiais — mas Lula não quis se prender a esse formato. Entre risos e política, ele ironizou o temor de uma encenação: “Somos dois homens de 80 anos, eu vou respeitá-lo, ele vai me respeitar, e somos dois jovens com muita energia” — Lula.

Essa viagem não foi passeio diplomático: foi um golpe de marreta nas narrativas da extrema direita.

No contato sobre a economia, Lula até demonstrou compreensão pela pressão de um país em proteger sua indústria — referiu-se às tarifas dos EUA como reflexo de escolhas nacionais — mas deixou claro que medidas protecionistas têm falhas e merecem rediscussão quando atingem o Brasil. Ou seja: dialogar não é capitular; é colocar interesses nacionais à mesa, expor contradições e empurrar propostas que defendam o povo contra interesses de bilionários. Não por acaso, défices democráticos e projetos de privatização seguem no centro da disputa.

O discurso de Lula na ONU foi outro ponto alto da viagem. Repercutiu em jornais estrangeiros como um texto duro e necessário, que colocou em xeque limpamente os extremismos e defendeu a democracia como condição mínima para qualquer projeto popular. Enquanto a direita lamenta, a esquerda ganha fôlego: a palavra “liderança” volta a ser associada a alguém que não aceita entregar patrimônio público ao mercado nem saudar milionários que financiam golpes.

As reuniões com lideranças progressistas também foram essenciais para costurar uma frente internacional em defesa da democracia e contra os retrocessos. Esse trabalho de construção política é o que vai permitir que o país enfrente não apenas a truculência bolsonarista, mas as estruturas econômicas que titubeiam frente aos interesses do capital. Lula saiu da ONU como referência moral e política para a esquerda mundial — e deixou a direita roendo as unhas.

Ao retornar, a imagem que fica é clara: o PT, com Lula à frente, não é apenas a alternativa eleitoral. É o epicentro de uma nova etapa de protagonismo popular, capaz de dialogar com o mundo sem negociar o essencial. E enquanto a direita rasteira resmunga, nosso trabalho é ampliar unidade, disputar corações e mentes e defender o Brasil dos vendidos ao mercado.

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