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Dinheiro parado nos bancos: BC revela R$ 10,56 bilhões esquecidos por mais de 48 milhões de pessoas físicas

O Banco Central avisou: há R$ 10,56 bilhões parados nos cofres dos bancos esperando dono — ou mais precisamente, esperando que alguém vá buscar aquilo que o sistema financeiro “esqueceu”. São R$ 8,03 bilhões de pessoas físicas (48,2 milhões de pessoas) e R$ 2,53 bilhões de empresas (4,43 milhões). Enquanto a elite faz festa e os bilionários de direita esbanjam, o dinheiro do povo fica encostado — pincelando o absurdo. É o retrato de um país onde a riqueza escorre pelos dedos e ninguém empurra o bote.

Como consultar o dinheiro esquecido

O caminho é único: acesse https://valoresareceber.bcb.gov.br. Pelo sistema do BC você pode checar se há valores em seu nome em bancos, consórcios ou outras instituições. Atenção: os valores só serão liberados automaticamente para quem informar uma chave PIX para devolução. Se você não tem chave cadastrada, terá de contatar a instituição financeira para combinar o recebimento — ou criar a chave e voltar ao sistema para concluir o pedido.

No caso de valores de pessoas falecidas, só terão acesso herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais — e haverá a necessidade de preencher um termo de responsabilidade. Depois da consulta, é preciso contatar cada instituição onde houver saldo pendente e seguir os procedimentos específicos. Não é mágica: exige documentação, paciência e, muitas vezes, pressão.

“O propósito é facilitar ainda mais a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome” — Banco Central. Isso foi anunciado quando o BC passou a oferecer a opção de pedido automático, lançada em 27 de maio.

Pedido automático

Desde aquela data, quem quiser pode habilitar uma solicitação automática de resgate. A adesão é facultativa; ninguém é forçado. Para ativar, é necessário ter conta gov.br de nível prata ou ouro com verificação em duas etapas ativada — e a solicitação automática está disponível só para pessoas físicas com chave PIX do tipo CPF. Quem não tiver essa chave deve cadastrá-la no banco.

“O cidadão não receberá aviso do Banco Central quando algum valor for devolvido. O crédito será feito diretamente pela instituição financeira na conta do cidadão” — Banco Central. Atenção: instituições que não aderiram ao termo de devolução via PIX seguirão exigindo solicitação manual, assim como casos de contas conjuntas.

Segurança e prevenção contra fraudes

Para reduzir golpes, o acesso ao Sistema Valores a Receber exige conta gov.br (nível prata ou ouro) e agora duas etapas de verificação. Se você não tem o app gov.br no celular, é preciso baixá-lo, preencher os dados e fazer validação facial para liberar a segunda etapa. O acesso ao serviço se dá com CPF e senha; depois o sistema pede um código gerado no aplicativo.

Esses cuidados são importantes, claro, mas não nos iludamos: a segurança bancária muitas vezes protege mais os bancos do que os clientes. Enquanto isso, banqueiros e políticos da direita clamam por menos regulação e mais “eficiência” — leia-se: menos fiscalização para privatizar e entregar o que é público aos amigos. Nós, que lutamos por estatais fortes e serviços públicos, sabemos o valor de cada real que volta para o bolso de quem precisa.

Recuperar esse dinheiro não é só um ato individual de cidadania: é também um gesto democrático contra a naturalização do saque privado sobre o que é de todos. Vá checar, faça valer seu direito, ajude parentes e idosos a fazer o processo — e vamos cobrar políticas que evitem que R$ 10,56 bilhões fiquem por aí, esquecidos. Enquanto alguns celebram a riqueza concentrada, organizemos a devolução dos recursos ao povo e apertemos o ritmo das lutas por um Brasil mais justo — e com menos espaço para quem quer privatizar e enriquecer ainda mais às custas da maioria.

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