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Julgamento de Bolsonaro no STF: ministros descartam pedido de vista e reforçam urgência do processo

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal marcou para 2 de setembro o início do julgamento que pode finalmente pôr na berlinda o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais integrantes do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe. Por trás do protocolo jurídico, há uma disputa política fundamental: confirmar que, quando confrontados com uma tentativa aberta de romper a ordem democrática, os tribunais não vão permitir que a extrema-direita compre tempo com artifícios regimentais. É hora de enfrentar os golpistas — sem medo, sem rodeios!

Os ministros que conversaram nos bastidores do processo avaliaram que não existe necessidade real de um pedido de vista, aquele instrumento que serve para ganhar tempo na análise do caso. O raciocínio é simples: desde a apresentação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República todo o material está disponível e acompanhado. Testemunhas foram ouvidas, réus foram interrogados, documentos e petições circulam online. O processo foi público, transparente e amplamente noticiado — difícil argumentar que falta alguma peça essencial. “Possível um pedido de vista sempre é. Mas hoje não vejo como provável. Desde o oferecimento da denúncia todos têm o acesso online, com todas as petições, documentos, testemunhos, interrogatórios que aconteceram. Todos acompanharam toda a instrução”, disse um ministro do Supremo ao blog.

Além disso, há registros de que o ministro Luiz Fux acompanhou parte das acareações, ao lado de Alexandre de Moraes, o que reforça a percepção de que a instrução processual não deixou lacunas. Não é questão de pressa por sede de espetáculo; é questão de responsabilidade democrática: não podemos permitir que a estratégia do atraso se transforme em tática de impunidade para quem tentou derrubar as instituições do país.

Adiar seria permitir que o bolsonarismo respirasse e tentasse recompor forças à sombra da impunidade. E isso não pode acontecer! O país precisa de respostas claras — não de truques regimentais que apenas alimentam a narrativa paranoica e violenta da extrema-direita.

O cronograma adotado por Cristiano Zanin, ao marcar a data de 2 de setembro, envia um sinal político e jurídico. Para nós, militantes e atuantes na defesa da democracia popular, há uma dimensão simbólica essencial: não se trata apenas de punir indivíduos, mas de reafirmar que o Estado e suas instituições — quando comprometidas com a Constituição — podem barrar tentativas autoritárias. O processo expõe a brutalidade do bolsonarismo: a quem interessava destruir o tecido democrático do país? Quem lucrou com as tentativas de golpe e com a oxigenação de violência política? Essas são perguntas que clamam por respostas, e as respostas passam por julgamentos sérios, fundamentados e céleres.

É óbvio que os inimigos da democracia vão tentar transformar cada sessão em palanque, cada voto em manchete dramática. Devemos estar atentos e não cair nessa armadilha! Lutamos por um projeto popular que defenda estatais, serviços públicos, soberania e a vida das maiorias — e isso é incompatível com a lógica privatista e antipopular que embala parte do campo conservador. Lula e o PT não são apenas alternativas eleitorais; são protagonistas de uma etapa necessária para avançar as lutas sociais e derrotar a agenda neoliberal que alimenta bilionários e privatizações.

Não há espaço para manobras protelatórias: a peça mais importante desse processo é a verdade. E a verdade precisa vir à tona, com responsabilização e com a firmeza que a democracia exige.

Que esse julgamento, marcado e visível, seja também combustível para a mobilização popular: vigiar as instituições, exigir transparência e seguir na construção de uma frente social que desmonte o projeto autoritário. Não nos enganemos: a justiça dos tribunais é necessária, mas a justiça social exige a atuação das ruas e das organizações populares. Seguimos na luta, de olhos abertos e punhos erguidos!

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