A deputada Carla Zambelli, símbolo maior da decadência bolsonarista, continua recolhida na penitenciária de Rebibbia, nos arredores de Roma, depois de ser capturada pelas autoridades italianas. Zambelli fugiu para a Itália como quem troca o palanque político por um esconderijo de luxo, mas acabou na lista de ‘alerta vermelho’ da Interpol – aquela mesma que outros figurões da direita dublam heróis, até serem desmascarados. A ficha da parlamentar na difusão vermelha, enviada ao STF pelo Ministério da Justiça, não deixa margem para dúvidas: a extrema-direita agora é fugitiva internacional.
A prisão em Rebibbia e o alerta vermelho da Interpol
Na sexta-feira (1º), a Quarta Seção do Tribunal de Roma manteve a prisão de Zambelli após audiência de custódia. A decisão confirma que ela só ficará livre quando a extradição for julgada – e olhe que isso pode levar de um ano e meio a dois anos! Não é qualquer figurinha carimbada que ganha esse selo de procurada: é quem atacou o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) usando técnicas de hacker, prática digna de quem confunde ativismo com crime organizado.
“não resistiu à prisão e estava pintando e lavando o cabelo quando os policiais chegaram”, defesa de Carla Zambelli – esse é o retrato da “coragem” que a direita tanto exalta. Encontrada num apartamento em Roma, depois de passar pela Argentina e pelos Estados Unidos, a parlamentar foi presa com seus pertences e remédios pessoais. E lá está ela, estampada em qualquer terminal da polícia internacional, provando que a omissão diante das leis tem preço.
O longo e político caminho da extradição
O processo de extradição na Itália pode ser tão demorado quanto uma reforma tributária aprovada pelo Congresso dominado pela direita conservadora! Primeiro, a Corte de Apelação de Roma, depois a Corte de Cassação, e finalmente a decisão política do ministro da Justiça italiano. Enquanto isso, Zambelli aguarda atrás das grades.
“confia na Justiça italiana”, embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca – declarações solenes para o show midiático, mas a realidade é que cada dia em Rebibbia é um alerta: a direita brasileira deve ser confrontada até o último recurso democrático disponível. Afinal, quem ataca as instituições nacionais não merece regalias, mas sim a contundência do Estado de Direito.
Paralelamente, o Congresso Nacional terá de decidir se mantém ou não o mandato da deputada a partir de agosto, conforme o STF ordenou. Será este o dia do basta definitivo contra o bolsonarismo parlamentar? Ou a chantagem autoritária continuará a valer mais do que a soberania popular? Enquanto isso, Lula e o PT mostram que alternativa eleitoral e mobilização social não são antagonistas, mas caminhos complementares na luta anticapitalista.
Mais do que um erro de rota, a prisão de Zambelli é um marco: sinaliza que a linha de frente do bolsonarismo pode acabar nas cadeias internacionais, exposta ao ridículo de passar do discurso anti-“sistema” para o isolamento real. Que sirva de lição: sem organização popular e sem um projeto de transformação, a extrema-direita não avança além da retórica midiática – e, em última instância, acaba nas mãos de quem faz cumprir a lei. O Brasil precisa, agora mais do que nunca, fortalecer as estatais, combater o poder dos bilionários e dar força ao projeto de reconstrução política encabeçado por Lula. A hora de erguer a bandeira vermelha e restabelecer a ordem social é esta, antes que gente como Zambelli volte ao palco e reinicie o show de horrores.