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Datafolha revela: 55% rejeitam anistia para os condenados pelo ataque ao Congresso em 8 de Janeiro

Em meio a um protesto em Brasília encabeçado por bolsonaristas pedindo anistia aos condenados pelo ataque ao Congresso em 8 de janeiro, um novo Datafolha revela que a maioria dos brasileiros não cai nessa lorota. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (1º), aponta que 55% se posicionam contra a anistia — contra apenas 35% que concordam com a medida. Esses números mostram que, apesar das tentativas de reabilitar o ex-capitão do Exército e seus aliados radicais, o bolsoache continua sem fôlego popular para seu plano de impunidade.

Rejeição que persiste

O levantamento mostra estabilidade em relação a abril, quando 56% eram contrários e 37% favoráveis ao perdão coletivo. Ainda assim, vale destacar que essa é a menor resistência desde março, quando 63% batizaram de absurdo a ideia de anistiar golpistas e 31% apoiaram o pleito. Será que parte do eleitorado está ficando entorpecida pelo discurso golpista? Ou será que o cansaço político faz a direita enxergar brechas onde não existem?

Foram ouvidas 2.004 pessoas nos dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o que reforça que, mesmo com a oscilação, a rejeição ao projeto de anistia segue maior do que o apoio. Para quem achava que o bolsonarismo crescia a olhos vistos, esses dados servem como um balde de água fria.

Um gesto para os radicais

Não é coincidência ver aquele bando reunido em Brasília pedindo clemência para gente que tentou derrubar a democracia. Afinal, o que esperar de quem chama um movimento popular pacífico de “golpe de esquerda” e aplaude uma invasão ao Parlamento? Chamem de coerência ou contradição, mas o espetáculo é de deixar qualquer democrata com os nervos à flor da pele.

Nas ruas da capital, o ato teve a presença de figuras influentes do bolsonarismo, que insistem em dizer que os réus são “heróis perseguidos por motivações políticas”. Será que alguém acredita nessa narrativa de mártires da liberdade? Ou será que é apenas mais uma tentativa de reescrever a história para perpetuar o discurso de ódio e mentiras?

Estagnação e recuos

Apesar de o apoio à anistia ter caído de 37% para 35% entre abril e agora, a variação está dentro da margem de erro. Ou seja, não há um crescimento real do bolsonarismo no quesito “imunizar quem atacou o Estado democrático de direito”. Já a parcela indiferente, de 3%, praticamente não se altera, confirmando que a sociedade brasileira não aceita a naturalização da insurreição como ato político legítimo.

Os 8% de indecisos, por sua vez, podem pender para qualquer lado, mas os defensores do Estado democrático sabem muito bem com que tipo de gente estão lidando. Não é hora de vacilar ou achar que “os extremos se tocam” num abraço de conveniência. É momento de manter o pé no freio contra quem tenta reviver métodos autoritários.

Em um horizonte onde a direita radical faz força para resgatar fantasmas do passado, o resultado do Datafolha representa um sopro de alívio para quem não quer ver o país retroceder ao autoritarismo. Ainda há batalha pela frente: o Congresso discute o projeto de anistia, e as manobras políticas podem incluir desde obstrução até troca de favores obscuros.

Mas se a opinião pública permanecer firme — recusando dar salvo-conduto a quem tentou derrubar as instituições — ficará cada vez mais difícil para os golpistas encontrarem brecha. Afinal, quando a maioria diz “não”, não há manobra parlamentar que sustente um perdão a golpes e depredação.

Portanto, enquanto o bolsonarismo tenta ressuscitar seus fantasmas, a resistência democrática deve manter o alerta máximo. O caldo autoritário engrossa, mas o veredito popular está dado: não há perdão para golpe!

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