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É #FAKE: Trump jamais ameaçou enviar o Exército dos EUA para prender Alexandre de Moraes

Circula nas redes um vídeo que afirma, com a ousadia típica da direita desesperada, que Donald Trump teria ameaçado enviar o Exército dos Estados Unidos para prender o ministro Alexandre de Moraes — é #FAKE. A peça viral mistura imagens, narração alarmista e uma pitada de verdade fora de contexto (as sanções dos EUA a Moraes) para fabricar um episódio que nunca aconteceu. Não caia nessa armadilha: é propaganda de ódio visando deslegitimar o Judiciário e inflamar bolsonaristas sedentos por intervenção estrangeira.

Como é o vídeo?

Publicado no TikTok, o clipe exibe fotos de Trump, Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes e Lula sobrepostas a um texto sensacionalista. A narração afirma que Trump teria dito algo como: “Urgente, Trump ameaça enviar o exército dos Estados Unidos para prender Alexandre de Moraes… ‘Se for necessário, mandaremos forças para capturá-lo’.” — narração do vídeo publicado no TikTok. O objetivo é claro: confundir quem vê rápido e sem checar fontes, fingindo que um grande líder internacional faria uma intervenção militar contra um ministro do STF. Resultado? Pânico artificial nas bolhas de direita e combustível para teorias de conspiração que servem apenas aos inimigos da democracia.

Por que isso é mentira?

As checagens foram simples e cristalinas: não há registro de qualquer pronunciamento desse tipo do presidente Trump nos canais oficiais da Casa Branca nem em veículos de imprensa nacionais ou internacionais confiáveis. “Trump não fez qualquer anúncio como esse.” — Fato ou Fake. Além disso, o próprio conteúdo do vídeo é uma montagem narrativa: cita a sanção dos EUA a Moraes via Lei Magnitsky — que, de fato, ocorreu — e cola sobre isso uma fala inventada para transformar um ato diplomático em pretexto para histeria.

Não, Trump não enviou e nem anunciou que enviaria exército para prender Alexandre de Moraes. A peça é uma técnica velha: misturar fato com fantasia para dar ar de legitimidade ao absurdo. É desinformação profissional, dirigida por quem tem interesse em desestabilizar instituições republicanas e reviver mitos golpistas que jamais aceitaremos.

Contexto importa. Em 30 de julho, o governo americano aplicou sanções a Moraes sob a Lei Magnitsky, alegando violações de direitos ou corrupção em grande escala — contestações políticas que hoje servem de munição nas redes. Em 4 de agosto, Moraes determinou prisão domiciliar a Jair Bolsonaro e medidas restritivas relativas a visitas e aparelhos eletrônicos — decisões que incendiaram ainda mais as bolhas bolsonaristas. Esse conjunto de fatos reais provê o cenário perfeito para que farsantes plantem narrativas fantasiosas.

A verdade é que a máquina de mentiras da direita sempre se apoia em uma lógica: desinformar, acusar e, finalmente, mobilizar. Trump como carrasco de um ministro brasileiro? Ridículo e conveniente para quem quer impor clima de guerra e pedir intervenção — domesticamente e até internacionalmente. Nós sabemos muito bem quem lucra com esse jogo: grandes proprietários de mídia, bilionários reacionários e milícias políticas que sonham com o retorno de um país entregue aos seus interesses.

Isso não é notícia: é teatro de ódio produzido para confundir e incitar. A arma é a mesma: amplificar medo e transformar qualquer medida judicial ou política em crise de Estado inventada.

Não se deixe enganar: cheque fontes, questione vídeos sensacionalistas e denuncie conteúdos falsos. A defesa das instituições democráticas e do Estado de direito passa também por combater a máquina de falsidades da direita. Se eles mentem para deslegitimar o STF e atacar lideranças progressistas, nossa resposta deve ser política, jornalística e de mobilização popular! A luta contra a desinformação é luta contra o bolsonarismo — e nós não daremos trégua.

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