luta socialista

Gleisi desafia União Brasil e PP: “É hora de escolher entre os interesses do Brasil ou de Bolsonaro”

A ministra Gleisi Hoffmann não deixou barato a tentativa da federação União Brasil/PP de contestar o posicionamento do presidente Lula contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em tom contundente e cheio de ironia, ela cobrou coerência dos dirigentes que integram a base aliada e denunciaram a “profunda preocupação” com as declarações presidenciais sobre a conspiração norte-americana contra o Brasil. O embate entre o governo e parte de suas próprias hostes escancarou a resistência da direita conservadora em aceitar um projeto verdadeiramente soberano.

Tensão na base aliada

Gleisi foi direto ao ponto: questionou por que Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) calam diante da ingerência dos EUA na nossa política, mas não hesitam em criticar o discurso de Lula. “É espantoso que os dirigentes partidários não se manifestem sobre a conspiração contra nossa soberania nem sobre os parlamentares que a apoiam, principalmente o deputado filho de Jair Bolsonaro que está nos EUA agindo contra o Brasil”, escreveu a ministra. Então, lançou a provocação que deixa qualquer covarde da direita sem resposta: “Precisam dizer de que lado estão: dos interesses do Brasil ou dos interesses de Bolsonaro”.

Os caciques do União Brasil e do PP, que ocupam as pastas do Turismo, Integração Nacional, Comunicações e Esporte, reagiram com a mesmice típica dos entreguistas. Longe de defender o povo brasileiro, preferiram acusar Lula de “subir no palanque” em vez de negociar nos bastidores. Ciro Nogueira desfilou seu discurso engessado: “A postagem da ministra apenas confirma que o governo Lula decidiu subir no palanque ao invés de fazer diplomacia. Quando não atacam o presidente dos Estados Unidos ou o dólar, miram nos presidentes de partido.” Canção de ninar dos que preferem o dólar ao minério, a soja e o pré-sal nacional.

É revoltante que partidos que se dizem aliados coloquem os interesses de Washington acima do Brasil! Esse mimimi diplomático só serve para camuflar a eterna submissão da velha política à Casa Branca. Enquanto a direita golpista se alinha aos bilionários do norte, o PT ergue a bandeira de uma política externa independente, que defende a substituição do dólar nas trocas comerciais e denuncia as investidas imperialistas no nosso quintal.

Lula já havia advertido em Brasília que os Estados Unidos podem estar promovendo manobras de destabilização, especialmente em segmentos conservadores financiados por elites estrangeiras. O presidente tem sido claro: não é hora de se comportar como capacho, mas de exigir respeito à nossa soberania e inteligência para desatar a teia de dependência econômica que nos amarra.

Na última semana, o próprio Lula convocou os ministros de Turismo, Comunicações e Integração Nacional para uma lição de coerência: ele quis saber se eles desejavam continuar no governo, depois de ver seus presidentes de partido minarem publicamente o Palácio do Planalto. A resposta foi uníssona: permaneceriam, mas se distanciaram do tom crítico adotado pelos direitistas de plantão. Mais uma prova de que, mesmo dentro da coalizão, há quem lute por um projeto popular autêntico — e outros que só querem as benesses do Estado para manter privilégios e agradar patrões internacionais.

Em meio a esse tiroteio político, fica claro que a batalha pela independência econômica do Brasil não será conduzida pelas legendas da casa grande, mas por aqueles que não se curvam aos imperialistas. Enquanto a direita golpista se curva ao dólar, o PT se ergue para defender nossa soberania! E é nesse enfrentamento que a militância popular encontrará motivos para seguir adiante: sem concessões a quem acha normal subordinar o país a interesses estrangeiros, consolidamos um caminho de emancipação que vai muito além do jogo eleitoral.

A guerra ideológica está posta. De um lado a elite entreguista, que chora as custas de uma política externa que não mais lhes favorece; do outro, o povo organizado, disposto a romper cordões de dependência e erguer um projeto verdadeiramente soberano. O embate não termina aqui: é hora de fortalecer o movimento socialista, garantir que o Brasil não seja refém do dólar e preparar o terreno para avanços profundos na transformação de nossa sociedade.

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