O governo Lula, através do ministro da Fazenda Fernando Haddad, respondeu à afronta econômica do governo Trump com a clareza e firmeza que a hora exige: o Brasil não vai aceitar ser tratado como quintal de potência alguma. Em plena disputa comercial — e política — com os Estados Unidos, Haddad deixou claro que nossa soberania não é negociável e que o Brasil vai ampliar parcerias sem se curvar a imposições de Washington. É hora de lembrar quem manda aqui: o povo brasileiro, não oligarquias estrangeiras nem capachos domésticos!
Tarifaço e geopolítica
O golpe tarifário de 50% imposto pelos EUA aos produtos brasileiros tem cheiro de vingança política. Não é apenas comércio: é retaliação, e sabemos contra quem. “O Brasil não pode servir de quintal para ninguém”, afirmou Fernando Haddad. Haddad tem razão ao dizer que precisamos de uma política externa altiva e plural: Europa, Ásia, Brics, Oriente Médio. Por que nos limitar a um eixo que quer ditar regras e punir governos que não se alinham automaticamente? Não aceitaremos humilhação nem subserviência.
Haddad foi enfático: o Brasil tem “tamanho, densidade e importância para garantir nossa soberania” e não vai escolher um parceiro só. “Jamais passou pela nossa cabeça abrir mão da parceria com os EUA. Mas não nas condições que estão sendo colocadas”, declarou o ministro Fernando Haddad. É um recado direto a quem ainda acha que realismo internacional é sinônimo de ajoelhar-se. Lula orientou negociação — sempre a via preferida —, mas com firmeza e sem capitulações.
Até o vice-presidente Geraldo Alckmin, membro de uma tradição política diferente da nossa, chamou o tarifaço de injustificado. “Ele é, primeiro, injustificado… A média tarifária é de 2,7%, ela é baixíssima. E eles têm superávit na balança comercial”, disse Geraldo Alckmin. Alckmin prometeu que o governo não vai desistir de reduzir essas tarifas. Pois bem: coragem para negociar e pauta de soberania para defender. Isso é governo popular que coloca os interesses do Brasil acima dos caprichos de Washington.
Dados, tecnologia e o desafio do desenvolvimento
Haddad também levantou um ponto estratégico que a direita vende como detalhe e que é, na verdade, questão de segurança nacional: 60% dos dados digitais brasileiros são processados fora do país. “Nós temos que tomar providências para que eles sejam processados aqui e de preferência com empresas brasileiras também”, afirmou o ministro Fernando Haddad. Não dá para continuar dependendo de servidores estrangeiros enquanto entregamos nossa infraestrutura digital a corporações que não têm compromisso com o desenvolvimento nacional.
O ministério da Fazenda quer transformar o Brasil em polo mundial de data centers e aposta em inteligência artificial desenvolvida aqui — uma proposta que vai na contramão das privatizações e da entrega de tecnologia ao mercado privado internacional. Investir em data centers, IA e indústria de ponta é cuidar da nossa soberania e gerar emprego qualificado.
No campo econômico mais amplo, Haddad avaliou que o Brasil pode crescer cerca de 3% ao ano sem explosões inflacionárias, desde que haja investimento em infraestrutura, educação, indústria e agricultura. “Tivemos uma turbulência no primeiro semestre… mas vejo no Congresso… o desejo de fazer uma bela entrega em termos de Estado para a sociedade brasileira”, explicou Fernando Haddad. Ele admitiu que o PIB de 2025 deve desacelerar em relação a 2024 como forma de segurar a inflação — escolha responsável que aponta para prioridade social e estabilidade, e não para austeridade cega.
O que ficou claro é que o governo Lula, com Haddad na Fazenda, costura uma política que une soberania, desenvolvimento e solidariedade internacional. Enquanto a direita se fragmenta e some quando o problema aperta, nós seguimos lutando por um país independente, com indústria forte e tecnologia nacional. É hora de enfrentar o imperialismo econômico e de construir um projeto que coloque o Brasil no caminho do crescimento soberano e da justiça social!