O INSS suspendeu o contrato com o Banco Agibank S.A. nesta terça-feira (12) após investigar práticas que atentam contra os direitos mais básicos dos segurados. Não é só mais um escândalo entre tantos; é a face cruel de um sistema que entrega serviços públicos a interesses privados sem freio. Quando bancos tratam benefícios previdenciários como terreno de caça e transformam aplicativos em armadilhas, o alvo é sempre o trabalhador mais vulnerável!
O que foi apurado
Segundo o instituto, houve denúncias graves: o app do Agibank, ao ser instalado no celular do beneficiário, teria interceptado e redirecionado chamadas para a Central 135 — o canal oficial do INSS — impedindo o segurado de obter informações, registrar reclamações ou pedir ressarcimento por descontos indevidos. Há ainda relatos de recusa injustificada de pedidos de portabilidade de benefícios e retenção indevida de valores. Beneficiários teriam sido convocados a comparecer a lojas do banco com a desculpa de “tratar descontos de entidades associativas” para supostamente “receber seu dinheiro de volta”.
O Agibank transformou o app em arma contra o segurado! Não é coincidência: quando o atendimento público é precarizado pela lógica do mercado, abrem-se brechas para esse tipo de golpe institucionalizado. Bancos privados, muitas vezes com respaldo do discurso privatista da direita, enxergam a proteção social como oportunidade de lucro — e assim chamam dia após dia a pilhagem.
O INSS classificou as condutas como infrações gravíssimas por violarem a confiança dos segurados e interferirem diretamente na relação entre cidadão e Estado. “O INSS reforça que nenhuma instituição financeira está autorizada a atuar como intermediária ou portal de entrada para os canais oficiais de atendimento do Instituto”, afirmou o órgão em nota. É bom relembrar: o Estado, quando funciona, protege. Quando sucateado, deixa espaço para mercadores agirem.
Mesmo com a suspensão, o INSS informa que os depósitos continuarão sendo feitos normalmente e que os beneficiários não precisam tomar providências imediatas. Quem teve portabilidade recusada deve procurar a Ouvidoria do INSS. Essa orientação é essencial, mas não suficiente: precisamos de investigação rigorosa, punição efetiva e garantias para que episódios assim não se repitam.
Privatização e rotinas de outsourcing do Estado só servem para abrir espaço a golpes e lucros de mercadores! Não há milagre: entregar gestão de serviços públicos (ou partes essenciais deles) à lógica do lucro é entregar o povo à mercê de fraudes. E quem gestou esse ambiente permissivo? A direita que pregou privatizações e desmonte das estatais, junto com os donos do dinheiro que agora lucram com isso. Onde estavam os arautos do mercado quando a confiança dos aposentados foi corroída?
Enquanto alguns aplaudiam o desmonte, outros resistiam e organizavam alternativas. Lula e o PT não são apenas opções eleitorais; representam, para nós, a chance de retomar o controle democrático sobre serviços essenciais e enfrentar o capitalismo predatório em bloco! É preciso fortalecer as instâncias públicas, valorizar as estatais e criar mecanismos de controle social que impeçam que bancos privados convertam previdência em peça de marketing.
A história mostra: cada golpe institucional vem acompanhado de justificativas tecnocráticas, mas quem paga a conta são os trabalhadores. Por isso, além de exigir que o Agibank seja responsabilizado e que o INSS amplie sua fiscalização, devemos seguir firmes na luta por um sistema público robusto e democrático — com participação popular e proteção contra interesses privados. Que fique claro: tolerância zero para quem mexe com a aposentadoria e com a vida dos nossos!