O julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus — acusado de tentativa de golpe de Estado — começa na terça-feira, 2 de setembro, e Brasília já se transformou num tabuleiro de operações para proteger o coração da nossa frágil democracia. A Praça dos Três Poderes virou alvo de grades, barreiras e câmeras; o governo distrital montou um esquema ostensivo para impedir que os surtos autoritários voltem a virar espetáculo nas nossas vias públicas. Para quem pensa que isso é “exagero”, a pergunta fica: por que tanta pressa para normalizar o antidemocrático depois do que vimos em 2022?
O esquema de segurança
A Secretaria de Segurança Pública do DF decidiu controlar acessos desde segunda (1º) e manter o reforço até o fim do julgamento, previsto para 12 de setembro. A Polícia Militar do DF fará a contenção na Praça, com barreiras e grades nas vias próximas. Foi criada ainda uma célula presencial de inteligência com órgãos distritais e nacionais para monitoramento em tempo real — porque quando o inimigo é a tentativa de destruição das instituições, monitorar é obrigação. Haverá detector de metais na entrada do prédio do STF, cães farejadores vasculhando os arredores e drones com câmeras térmicas para detectar movimentações noturnas.
Não se trata de espetáculo: trata-se de defesa da democracia contra quem tentou rasgá-la! As datas e horários já estão fixados: sessões nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, em horários distribuídos entre manhã e tarde, com intensificação em alguns dias. O g1 vai transmitir ao vivo, para que ninguém fique na dependência das versões dissonantes da direita.
Quem vai acompanhar e como será o acesso
O STF credenciou 501 jornalistas nacionais e estrangeiros; mais de 3,3 mil pessoas se inscreveram para assistir às sessões. O plenário da Segunda Turma disponibilizou 150 lugares para esse público inscrito; a sala da Primeira Turma, onde ocorrerá o julgamento, terá 80 cadeiras para jornalistas por ordem de chegada. As entradas terão linhas de revista: as pessoas poderão entrar pelas vias S1, S2 (escadarias da Catedral, Bloco B e Bloco CP) e N2 (escadaria e túnel do Bloco J). A circulação de veículos será interrompida entre a Rodoviária do Plano Piloto e a L4.
A direita golpista precisa ser desmantelada politicamente — sem concessões e sem romantização dos traidores da República! É hora de encarar com seriedade quem tenta voltar ao poder pela via do caos.
O 7 de Setembro e a tentativa de contenção dos confrontos
A SSP-DF já anunciou o esquema para o feriado: a Esplanada dos Ministérios será fechada às 23h de sábado (6), sujeita a antecipação para as 15h ou 17h dependendo da movimentação dos atos. Portões abrem às 6h; o Metrô-DF começa a operar às 5h30. Para evitar confrontos — porque nós sabemos que a extrema direita adora transformar comemorações em campo de batalha — o governo vai criar dois “bolsões” para manifestações: um no estacionamento Ibero-Americano (em frente à Torre de TV) e outro na Praça Zumbi dos Palmares (em frente ao Conic), separados por cerca de 2 km.
Haverá revista rigorosa: animais (exceto cães-guia), armas de fogo e brancas, explosivos, fogos de artifício, frascos de vidro, latas, mochilas grandes, barracas, máscaras, mastros e drones sem autorização estarão proibidos. A intenção é simples: reduzir a chance de violência e impedir que provocações escalem.
Chega de tolerância com fascistas que adoram provocar e depois se fazer de vítima! Não vamos retroceder diante dos que atacaram instituições e pessoas. Precisamos cuidar das nossas ruas e das nossas conquistas sociais — e é aí que projetos como o de Lula e do PT entram como força necessária: não só como alternativa eleitoral, mas como pilar para enfrentar a extrema direita e avançar numa agenda popular que recomponha o papel do Estado, proteja estatais e combata a ganância dos bilionários. Defesa da democracia, justiça social e mobilização popular — esse é o caminho para não permitirmos que ninguém naturalize o autoritarismo.