luta socialista

Julgamento do golpe no STF: drones, grades e cães farejadores reforçam a segurança em Brasília

Começa esta semana em Brasília um capítulo decisivo: o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pelo golpe contra a democracia no Supremo Tribunal Federal (STF). Não se trata apenas de mais um processo jurídico; é a hora da verdade para quem tentou rasgar a Constituição e instaurar o arbítrio. Enquanto a direita prepara sua fúria de sempre, o Estado montou um esquema de segurança robusto para garantir que o tribunal funcione e que os responsáveis sejam ouvidos.

Segurança reforçada

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) não deixou nada ao acaso: grades, barreiras e policiamento reforçado na Praça dos Três Poderes; uma célula presencial de inteligência com órgãos distritais e nacionais monitorando em tempo real; detectores de metais nas entradas do STF; cães farejadores vasculhando os arredores; e drones com câmeras térmicas patrulhando durante a noite. Tudo isso enquanto setores golpistas prometem espetáculo — e recebemos, de braços abertos, a capacidade do Estado de responder ao crime. Quem ataca a democracia não pode contar com a complacência da segurança pública.

Os dias e horários das sessões já foram definidos: 2 de setembro (9h–12h e 14h–19h), 3 de setembro (9h–12h), 9 de setembro (9h–12h e 14h–19h), 10 de setembro (9h–12h) e 12 de setembro (9h–12h e 14h–19h). O julgamento segue até 12 de setembro, e o g1 fará transmissão ao vivo para que o país todo acompanhe cada ponto de acusação e defesa. Transparência e vigilância pública são a antídoto para a impunidade.

Acesso à praça e ao público

O acesso à Praça dos Três Poderes será controlado pela Polícia Militar do DF, com reforço nas vias próximas. As entradas para o público estão definidas: Via S1; Via S2 (escadarias da Catedral, Bloco B e Bloco CP); e Via N2 (escadaria e túnel do Bloco J). Haverá linhas de revista e o fechamento do trecho entre a Rodoviária do Plano Piloto e a L4 para circulação de veículos. Quem pretende acompanhar deve chegar cedo: a lotação das arquibancadas será encerrada quando atingir o limite.

O STF credenciou 501 jornalistas, e mais de 3,3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar as sessões. Serão 150 lugares no plenário da Segunda Turma para o público inscrito; a sala da Primeira Turma, onde decorre o julgamento, terá 80 cadeiras para jornalistas por ordem de chegada. Se pensavam em transformar o tribunal em palco para provocações, esbarrarão tanto na lei quanto na organização do ato.

7 de Setembro e as chamadas “bolsas” de atos

A SSP-DF também divulgou o esquema para o feriado de 7 de Setembro. A Esplanada dos Ministérios será fechada às 17h de sábado (6), com portões abertos às 6h e operação especial do Metrô-DF desde 5h30. Para tentar evitar confrontos entre grupos, o governo criou dois “bolsões” para manifestações: um no estacionamento Ibero-Americano (antiga Funarte), em frente à Torre de TV, e outro na Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic — separados por cerca de 2 km. Uma medida pragmática para reduzir riscos, embora saibamos que a política não se resolve apenas com cordões e divisórias.

As orientações ao público são claras: leve água e alimento leve; prepare-se para revista; e atenção às proibições — animais (exceto cães-guia), armas, objetos cortantes, explosivos, fogos de artifício, frascos de vidro, latas, isopores, capacetes, barracas, malas grandes, máscaras, mastros, bastões, drogas ilícitas e drones sem autorização. Qualquer item que comprometa a segurança será barrado.

Este julgamento é um teste para nossa democracia. O povo, as instituições e a imprensa têm de estar atentos e firmes para que a direita golpista não privatize a verdade nem revide com violência. Lula e o PT, que representam uma alternativa popular e defensora do Estado e das estatais, precisam transformar este momento em combustível para a retomada de um projeto de país que proteja direitos e punir os que quiseram destruí-los. A luta não termina no gabinete do juiz: é nas ruas, nas urnas e nas organizações populares que consolida-se a derrota definitiva do bolsonarismo.

Mais notícias para você
11d191cd-f757-4e9b-a34b-4379e3e2db43
Alexandre de Moraes aponta JK como o maior exemplo de anistia covarde no julgamento do golpe de Bolsonaro

No início do julgamento da trama golpista no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes foi direto: “covardia não é o...

789ed3fa-4c8b-4dbd-b0ea-6bd9bb30a50e
Oposição na Câmara se junta durante início de julgamento no STF e intensifica pressão por anistia a golpistas

No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal começou a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo papel central na...

67aae898-d774-4a51-b71f-6cb0a8d1311b
Trama Golpista no STF: Crimes de Cada Réu e as Defesas Reveladas no Julgamento

O primeiro dia de julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista no STF foi mais que um espetáculo jurídico:...