luta socialista

Lula conversa por telefone com Putin sobre guerra na Ucrânia e futuro dos BRICS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin neste sábado (9) em uma chamada de 40 minutos que colocou na mesa a guerra na Ucrânia, o futuro dos BRICS e as pressões econômicas que tentam asfixiar nossas soberanias. Enquanto a direita raivosa faz espetáculo com sanções e bravatas, o governo Lula segue fingindo o óbvio: buscar diálogo e soluções diplomáticas, defendendo interesses do povo brasileiro diante de cavalos de troia neoliberais.

Diálogo, guerra e a diplomacia que incomoda os de sempre

O papo entre Lula e Putin retomou pontos já discutidos quando os dois se encontraram em Moscou, em maio. Na pauta, claro, a guerra que devastou a Ucrânia por anos e que as potências tentam “arrumar” com pressões e acordos de bastidores. Lula voltou a defender que um cessar-fogo negociado é a única saída minimamente humana — e, pelo visto, a única capaz de reduzir tensões internacionais que atingem nossos trabalhadores.

“Lula reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, diz a nota do Palácio do Planalto. Isso é diplomacia concreta, sob ataque constante da turma que prefere bombas e retórica do que negociações.

Enquanto o bolsonarismo e seus aliados midiáticos pregam isolamento e conflito, o Brasil de Lula reafirma seu papel internacional como mediador e defensor de soluções pacíficas. Não é charme — é estratégia para proteger vidas e interesses nacionais enquanto desmontamos os fantasmas privatistas empurrados por bilionários e seus partidos.

A conversa também tocou na proposta russa que, segundo relatos, oferece o leste da Ucrânia em troca do fim das hostilidades — proposta que deverá ser debatida em encontro entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca na próxima semana. É o mundo real entrando em cena: negociações duras, interesses regionais e, claro, a tentativa dos EUA de manter sua hegemonia, muitas vezes à custa dos países do Sul.

“O presidente Putin parabenizou o Brasil pelos resultados da Cúpula do BRICS realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. Na esfera bilateral, reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano”, afirma comunicado do Palácio do Planalto.

Ao mesmo tempo em que celebram o protagonismo do BRICS, nossos adversários preferem trocar a diplomacia por tarifas e agressões econômicas. Nesta mesma semana, a administração americana elevou para 50% a alíquota sobre exportações brasileiras — um tapa na cara daqueles que fingem proteger produtores, mas na verdade protegem seus próprios lucros e atuam como vigas mestras do capital global. Trump e sua turma atacam o BRICS publicamente porque sentem que perdem o monopólio do mundo.

Mais que uma conversa entre dois chefes de Estado, o telefonema mostra a aposta do governo Lula em construir espaços multilaterais e relações bilaterais que protejam o desenvolvimento nacional. A intenção de reabrir a Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia, por exemplo, é sinal de que não aceitaremos passivamente que interesses externos decidam nosso destino — é hora de voltar a pensar em indústria, pesquisa, tecnologia e Estado forte.

Lula tem usado viagens e contatos para defender que outras nações e a ONU possam auxiliar em negociações de paz — proposta que levou inclusive à França, em junho. Essa é a política externa que nos interessa: firme contra agressões e clara na defesa dos interesses populares, diferente da política externa de balcão que rende manchetes vazias e favorece privatizações.

Se a direita quer guerra, fome e entreguismo, respondamos com mobilização, organização e coragem política. O governo Lula abre portas, negocia e propõe; cabe ao povo e aos militantes transformar essa iniciativa diplomática em políticas internas que rompam com a lógica dos ricos e coloquem o Brasil a serviço da maioria. A hora é de ampliar essa diplomacia pelo trabalho, pelas estatais retomadas e por um projeto que não venda país por migalhas. Vamos à luta!

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