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Lula denuncia políticos que fomentam ataques contra o Brasil e afirma: país não aceitará ordens externas

O pronunciamento de Lula na véspera do Sete de Setembro foi um soco na mesa contra as tentativas de submissão do Brasil aos interesses estrangeiros e aos bocados de elite que alentam a humilhação nacional. Em vez de bajular governos externos ou vender nossas riquezas a preço de banana, o presidente abriu o verbo: soberania é palavra de ordem, e quem insiste em tramar contra o país — por conveniência, rancor ou ambição pessoal — será chamado pelo que é: traidor. Aqui não cabem meias-palavras nem passividade.

Os ‘traidores da pátria’

Lula não citou nomes no palco, mas o recado foi claro e direto para a família Bolsonaro e seus satélites que correm o mundo fazendo lobby contra o Brasil: a traição tem rosto e consequências. “É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, declarou Lula. É preciso dizer: quem vai bater palma para um deputado que transforma em mercado suas relações com estrangeiros merece ser colocado no banco dos réus políticos.

A acusação contra Eduardo Bolsonaro — que se reuniu com representantes do governo americano e é apontado como um dos incentivadores das sanções contra o Brasil — não é conversa de botequim, é investigação em curso. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por possível tentativa de obstrução, incentivando medidas externas que miraram inquéritos contra o próprio pai. Que ironia: uma família que dizia proteger a “ordem” acaba virando cliente e fornecedor de chantagem internacional. Traição não é opinião política; é crime contra o povo.

Judiciário, PIX e redes sociais

Lula também foi firme ao defender a independência do Judiciário e o papel do Estado em proteger instrumentos fundamentais da vida nacional, como o PIX. O ataque comercial desencadeado pelos EUA não pegou o governo desprevenido: o Brasil reagiu justamente ao ver tentativas externas de influenciar decisões internas e de punir políticas públicas que servem à maioria. “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, declarou Lula.

Do lado oposto, ouviu-se até o eco previsível de Trump, que tentou transformar uma reação legítima do país em espetáculo internacional: “Foi uma caça às bruxas” e o julgamento no STF é uma ‘vergonha internacional'”, disse Donald Trump. Pronto: a receita da direita internacional é a mesma de sempre — confundir soberania com diálogo submisso, instituição com palanque. O governo Lula deixou claro que não vai aceitar esse conto do vigário.

Na defesa do PIX e das plataformas digitais, o recado foi igualmente cristalino: “O Pix é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim. […] As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres”, declarou Lula. Privatizar o que funciona para o povo é entregar a raposa as galinhas. Não vamos permitir.

Lula reforçou que o Brasil mantém relações amistosas com todos, mas pertence ao seu povo, e não a interesses externos ou a oligarquias internas que veem estatais e regulação como obstáculos ao saque. Defender o PIX, a democracia e o Judiciário é, portanto, defender a possibilidade concreta de políticas públicas que melhorem a vida do povo — exatamente o que a direita mais abomina.

A fala foi um chamado à mobilização política: não basta reclamar nas redes; é hora de organizar, disputar quadro por quadro, fortalecer o Estado democrático e suas ferramentas. Quem pensa que a solução é abrir os cofres às multinacionais e às bancas de lobby vai ter que enfrentar uma frente popular que já aprendeu a lição dura: soberania não se negocia. Lula e o PT estão tentando — e devemos reforçar essa tentativa — transformar a defesa nacional em plataforma de luta anticapitalista, com coragem e sem medo de enfrentar os poderosos. O desafio é grande, mas a resposta também será.

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