O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o Encontro Nacional do PT em Brasília afirmando que pretende disputar a reeleição em 2026 — mas só se tiver “100% de saúde”. A declaração chega como um sopro de esperança para quem aposta na retomada de um projeto popular autêntico, capaz de fazer frente ao bolsonarismo e às suas ramificações conservadoras.
Desde o palco, Lula foi enfático sobre a própria responsabilidade: “Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Jamais eu irei enganar o partido e o povo brasileiro”, disse o petista. Com essa confiança, ele quer evitar qualquer sombra de dúvida: “não sou candidato de ocasião nem para cumprir tabela”.
Ao reforçar que, se entrar na disputa, vai para vencer, Lula cutuca a velha direita: está cansado de marionetes e vazios. “Se eu for candidato eu não vou disputar, eu vou ser candidato pra ganhar as eleições”, garantiu o presidente. Não é por acaso que faz questão de se diferenciar de Joe Biden — o democrata que, após resistir a rumores de declínio cognitivo, abandonou a busca pela reeleição nos Estados Unidos.
Será que a direita golpista imaginava que poderia desestabilizar um líder forjado na luta de classes com fake news e obstruções jurídicas? Mais uma vez, fomos lembrados de que o inimigo está em nossa cara, mas não consegue ousar no confronto direto. O recado de Lula serve de velha lição: é na coragem que se afirma uma candidatura de ruptura.
Num outro momento do encontro, o presidente abordou as tensões comerciais com os Estados Unidos, após Trump anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Sem citar nominalmente o ex-presidente norte-americano, Lula criticou a diplomacia barulhenta de quem acha que manda no mundo. Segundo ele, é preciso negociar com firmeza, mas dentro dos limites que preservem o respeito mútuo.
“O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, completou o presidente.
Essa cautela pragmática reflete a geopolítica do Brasil soberano, disposto a se opor a sanções, como as impostas pela Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, mas sem perder a compostura. A mensagem é clara: não aceitaremos imposições imperialistas, mas também não vamos confundir firmeza com bravata vazia.
O encontro petista, portanto, assumiu duplo papel: mobilizar a militância para 2026 e projetar o Brasil como ator de peso na cena internacional. Contra a narração das elites e dos bilionários de direita, nosso projeto quer reestatizar conquistas, resgatar a função social das estatais e combater o desastre social provocado pelas privatizações.
Ao levantar essa bandeira, Lula reafirma seu compromisso com a classe trabalhadora, com os movimentos sociais e com a juventude que não se curva diante do discurso do medo. A batalha pela reeleição, mais do que uma disputa política, será um novo round na guerra contra o capitalismo desenfreado e contra a velha política dos interesses privados.
Não podemos esquecer: enquanto a direita torce pela nossa queda, nós seguiremos unidos, mostranto que só há futuro com direitos, soberania e justiça social. Em 2026, o desafio será mais uma vez derrotar a turma que divorciou o Brasil da esperança. E, desta vez, sem margens para desculpas: estaremos 100% prontos!