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“Lula pode falar comigo quando quiser”, diz Trump em meio a tarifaço de 50% contra o Brasil

O presidente dos Estados Unidos resolveu exercitar seu sarcasmo diplomático: em meio a taxas de 50% sobre produtos brasileiros, Donald Trump garantiu que Luiz Inácio Lula da Silva “pode falar comigo quando quiser”. Será que o convite gratuito vem junto com a compensação pelo golpe econômico aplicado ao Brasil? Enquanto o magnata republicano anuncia tarifas e assina sanções, o governo Lula busca manter a soberania nacional e defender trabalhadores e empresas brasileiras.

O recado de Trump e as tarifas de 50%

“Ele pode falar comigo quando quiser”, afirmou Trump ao ser questionado por Raquel Krähenbühl, da TV Globo, sobre um possível diálogo com o líder petista. Logo em seguida, o ex-presidente americano explicou o motivo do anúncio de um tarifaço de 50%: em sua avaliação, “As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”. Ainda assim, Trump fez questão de ressaltar que “ama o povo do Brasil” e desconversou sobre eventuais medidas futuras: “Vamos ver o que acontece”.

A decisão de impor o adicional protecionista entra em vigor em 6 de agosto e provoca tensão no comércio bilateral. O governo dos EUA fundamenta-se em acusações de que decisões do Poder Judiciário brasileiro teriam prejudicado empresas americanas e ameaçado a liberdade de expressão nos EUA. Na mesma canetada, Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, bloqueando bens e proibindo transações com instituições financeiras americanas.

A resposta firme de Lula

Poucas horas após o discurso de Trump, o presidente Lula deixou claro que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo”. Em sua rede social, destacou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”. Reforçou o compromisso de proteger a economia nacional e anunciante que o país dará respostas à altura, em defesa de empresas e trabalhadores. Nenhum telefonema mirabolante será aceito sem garantias de respeito à soberania!

Fontes do Itamaraty classificam o convite de Trump como um gesto diplomático, mas avisam que uma conversa entre os dois mandatários exige “muita preparação”. Na prática, os canais diretos com a Casa Branca ainda enfrentam um impasse: interlocutores do Planalto afirmam que o núcleo político de Washington está fechado ao diálogo, e só cede quando convém aos interesses imperialistas.

Escalada política e econômica

O blog do Gerson Camarotti revelou que Lula estaria disposto a ligar para Trump, desde que o republicano realmente atendesse à chamada. Mas será que um telefonema soluciona um ataque protecionista dessa magnitude? Esse tarifaço atinge diretamente a indústria nacional e os empregos brasileiros, enquanto o magnata faz pose de bonzinho.

No jogo de xadrez geopolítico, fica claro que a direita internacional tenta impor regras que beneficiam corporações bilionárias. Ao mesmo tempo, a esquerda brasileira se vê desafiada a articular uma resposta firme, demonstrando que o Brasil não cederá às chantagens econômicas do grande capital estrangeiro.

Da sanção de Alexandre de Moraes à taxação de produtos, Trump deixa no ar suas ameaças seletivas. Será que, finalmente, a luta contra o imperialismo encontra a unidade necessária para barrar esses ataques? Ou continuaremos à mercê das crises geradas pelos interesses protecionistas dos EUA? No tabuleiro da política internacional, o Brasil de Lula avança, reafirmando seu protagonismo e lutando por um projeto de desenvolvimento autônomo e popular.

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