luta socialista

Lula promete ficar cada vez mais esquerdista e socialista para combater a fome e a miséria no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta terça-feira (5) ao defender com veemência a necessidade de o Brasil avançar ainda mais em direção às bandeiras históricas da esquerda. Em discurso no Palácio do Planalto, durante reunião do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, Lula recordou as dores da juventude marcada pela fome, emocionou a plateia ao relembrar as lágrimas do passado e, sem meias-palavras, decretou: “Cada vez mais vou ficar mais esquerdista, mais socialista”. A mensagem foi clara: é hora de radicalizar na defesa do povo, do Estado e dos direitos sociais.

Lágrimas que falam mais alto
Ao narrar os dias sombrios em que passou fome, Lula não conteve a emoção e chorou várias vezes. Mais do que um gesto de sensibilidade, foi um recado político que ecoa nas comunidades mais pobres do país: aquele que já sentiu o estômago vazio não hesitará em recorrer ao endividamento público para garantir comida à mesa de quem sofre hoje.
Quando um líder chora diante da fome que já viveu, está dizendo que não medirá esforços para que ninguém passe necessidade. Foi esse o tom de sua fala.

Debate sobre dívida pública
Na mesma linha, o presidente criticou duramente quem tenta colocar limites frios ao orçamento social. Para ele, discutir a expansão da dívida pública – desde que direcionada a políticas de alimentação e redução da miséria – não é luxo, mas urgência nacional. “Tem quem diga que não podemos gastar mais para alimentar nosso povo. Ora, mas quem viveu a angústia de abrir a geladeira e não encontrar nada sabe o valor de cada centavo investido em segurança alimentar”, cutucou Lula, arrancando aplausos entusiasmados.

Tarifaço

Em seguida, voltou-se para o embate comercial com os Estados Unidos. Lula minimizou o chamado “tarifaço” de 50% imposto pelos norte-americanos sobre produtos brasileiros, dizendo que esse problema “a gente resolve” muito mais facilmente do que a fome e a miséria.
“É mais fácil resolver isso do que combater a fome e a miséria nesse país.” Foi a punchline do discurso, lembrando que a guerra econômica externa, por mais grave que seja, não se compara ao drama interno da população vulnerável.

Um programa de enfrentamento real
Nas entrelinhas, a fala do presidente aponta para um reforço das estatais no combate à crise social e para uma postura mais firme do Estado no controle de setores estratégicos. A mensagem é clara: privatizações estão fora de questão, enquanto aumento de impostos sobre grandes fortunas e controle de preços de alimentos não serão negociados. Lula quer imprimir no Brasil da era pós-pandemia o mesmo espírito mobilizador que o elegeu em 2002, agora com uma retórica ainda mais aguerrida.

Resistência e mobilização popular
O discurso de Lula não se destina apenas ao Planalto. É uma convocação às bases do movimento social, aos sindicatos, às organizações de sem-terra, aos coletivos urbanos que lutam por moradia, saúde e educação pública de qualidade. Afinal, sem pressão popular, nenhum governo – por mais disposto – fará as transformações necessárias.
Quem esperava moderação no discurso se assustou, mas foi o lembrete de que a direita segue firme em sua cruzada pelo retrocesso: seja tentando demonizar o gasto público ou propondo “soluções” mágicas que empurram o país para as mãos do grande capital.

A esperança que não se encontra nos mercados financeiros está presente no olhar daqueles que enxergam no Estado poderoso o instrumento de justiça social. Lula deixou claro que não vai frear o ritmo de sua esquerda: pelo contrário, pretende endurecer o passo, dar mais crédito aos bancos públicos, ampliar programas sociais e adensar a cooperação internacional com nações alinhadas aos ideais socialistas. A tarefa é grande, mas a convicção de que o Brasil pode muito mais é maior ainda. A revolução democrática, dizem, começa na mesa posta de quem acorda sem saber se terá o que comer; para Lula, só termina quando a fome for definitivamente varrida das ruas e lares brasileiros.

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