O presidente Lula abriu as portas do Palácio da Alvorada para mostrar, com firmeza e bom humor, que o Brasil não se curva aos caprichos do imperialismo. Na noite de quarta-feira (31), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reuniram-se ao redor da mesa presidencial, em ato de solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. O motivo? As sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a pedido de Donald Trump — um verdadeiro acinte à nossa soberania!
O encontro no Palácio da Alvorada
Lula recebeu Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e outros magistrados, acompanhados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Mais do que um simples jantar, foi um recado à turma que insiste em tratar o Brasil como quintal de Washington. Afinal, quem mandou um ex-presidente estadunidense, derrotado nas urnas, pedir a cabeça de um ministro brasileiro? É ou não é uma ingerência escandalosa?
“Essas sanções expõem a face imperialista de um país que acredita ter o direito de punir quem se opõe aos seus interesses”, aponta o cientista político Fernando Silva. E não podemos concordar mais: congelar bens e proibir a entrada nos EUA como retaliação política é um tapa na cara da independência nacional. No discurso, Lula ressaltou a importância de defender o Judiciário contra pressões externas, e Moraes, sempre com bom humor irônico, rebateu que está pronto para continuar julgando com autonomia, mesmo que isso irrite alguns magnatas.
Solidariedade institucional é a palavra de ordem. O presidente lembrou ainda que um país forte não teme debate travado dentro de suas próprias instituições. Enquanto isso, o bolsonarismo se debate em contorções retóricas, incapaz de mobilizar 10% do apoio popular de que gozava em 2018.
A reabertura do semestre judiciário
Nesta sexta-feira (1º), o STF retoma suas atividades com cerimônia de abertura do semestre. A cena promete ser memorável: ministros com discursos inflamados em defesa da Constituição e, claro, manifestações explícitas de apoio a Alexandre de Moraes. Além de Lula, estarão presentes Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rodrigo Pacheco (ex-presidente do Senado) e outros arautos da soberania nacional.
Entre os temas polêmicos previstos para votação, destacam-se: a validade da coleta de DNA de condenados, a Lei de Abuso de Autoridade, e até questões cotidianas que afetam nosso bolso, como tributos na conta de luz. Não falta pauta para mostrar que o Judiciário brasileiro não está alheio às demandas populares. Sem falar no campeonato interno pela presidência do STF: Barroso cedendo lugar a Edson Fachin, com Moraes indo para a vice-presidência — um verdadeiro revezamento de mentes progressistas para manter a Corte alinhada com os valores democráticos.
“É um momento histórico em que o Brasil reafirma sua autonomia, rechaça qualquer tentativa de coação e reforça a importância do Poder Judiciário como guardião dos direitos”, avalia a jurista Ana Carla Menezes. Concordamos: não há espaço para tutelas estrangeiras quando o povo brasileiro decidiu, democraticamente, por um projeto de soberania e justiça social.
O jantar de Lula no Alvorada e a solenidade de abertura do semestre são mais do que atos protocolares: são um claro enfrentamento às narrativas conservadoras e um passo firme rumo a uma etapa mais avançada da luta anticapitalista no país. A resistência às sanções impostas pelos EUA mostra que, quando a esquerda se une, ninguém segura nossa vontade de construir um Brasil livre de amarras externas e comprometido com a igualdade social. A hora é agora!