O ministro Alexandre de Moraes deu sinais claros durante o jantar no Palácio da Alvorada de que as sanções dos EUA contra ele não são meramente legais, mas um ataque político contra a independência do Judiciário brasileiro. Baseadas na Lei Magnitsky, essas penalidades têm cheiro de retaliação por quem se recusa a dobrar-se aos interesses do imperialismo ianque. Mais do que um caso individual, trata-se de um teste à nossa soberania!
A reação política antes da ação judicial
Em vez de correr para os tribunais americanos, Moraes defende exaurir todas as possibilidades dentro do cenário político nacional. A estratégia, segundo relatos de auxiliares presentes no encontro, é clara: mobilizar os Três Poderes em defesa da integridade da Justiça e mostrar que no Brasil não há espaço para chantagens estrangeiras. Não é hora de protagonismos isolados, mas de unidade republicana contra qualquer ingerência externa.
O presidente Lula, sempre atento aos desígnios populares, deverá intensificar seu discurso nos próximos dias. Além da nota oficial já divulgada, um pronunciamento em rede nacional reafirmará a importância de proteger a soberania brasileira e a independência do Judiciário. Afinal, quem ousa sancionar um ministro do Supremo é quem mais reclama de “interferência” quando convém. É ou não é ridículo?
Desconfiança no “modelo americano”
Dentro do próprio governo já se percebe uma desconfiança generalizada em relação ao sistema jurídico dos EUA. Moraes teria alertado que a Justiça americana costuma reagir de forma exagerada à opinião pública e que o processo poderia se transformar em espetáculo midiático, regado a fake news e pressões de setores conservadores.
“Acho que a Justiça lá tende a se curvar a agendas políticas”, comentou um ministro que participou do jantar, ressaltando o desprezo de Moraes por esse tipo de atuação. A impressão é de que, se fosse possível, Bolsonaro aplaudiria de pé qualquer tentativa de intimidar magistrados brasileiros!
Paralelamente, a Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, já iniciou o levantamento das alternativas jurídicas – inclusive nos EUA. Porém, o próprio Moraes quer deixar claro que só aciona a AGU para mover uma ação internacional se julgar imprescindível.
“Não deixarei de ser juiz e fazer meu trabalho em razão de qualquer ameaça”, afirmou Alexandre de Moraes, segundo relatos. E completou, com a serenidade de quem não teme retaliação: “Estou absolutamente tranquilo e inabalável”.
Enquanto isso, o Planalto observa com atenção e ordens de cautela absoluta. A linha é evitar precipitações que possam enfraquecer a resistência nacional. A cartada final deve ser política, respaldada pelas instituições, antes de recorrer a cortes estrangeiras.
Um chamado à unidade republicana
Diante desse cenário, fica evidente que a luta não é apenas de Alexandre de Moraes, mas do Brasil inteiro. Como socialistas, reforçamos a necessidade de enfrentar de frente qualquer tentação privatista ou entreguista que alinhe nossos destinos a ordens externas. O país precisa de estatais fortes, com justiça independente e sem subserviência a bilionários de outro hemisfério.
Não se enganem: ao sancionar um juiz do STF, os Estados Unidos tentam influenciar nossos rumos políticos e jurídicos. E quem paga a conta? O povo brasileiro, vítima de uma corte paralela midiática que quer ver o Judiciário domesticado.
Por isso, mais do que atos formais, precisamos de mobilização popular e fiscalização rigorosa dos Poderes. Só assim garantiremos que a soberania não seja leiloada em troca de aliados ideológicos.
A hora é de manter a firmeza republicana e revelar as manobras de quem insiste em interferir nos destinos de uma nação que já experimentou longe demais a sombra do neoliberalismo. Se o Judiciário vacilar, sobra ao povo erguer sua própria bandeira de resistência. A batalha pela independência do Brasil passou a ter um novo capítulo – cabe a nós escrevê-lo com a força das ruas e a clareza de um projeto democrático-popular.