A nova rodada da Quaest chega como um sopro de ar quente na política brasileira: enquanto a direita tenta se recompor e os bolsonaristas cochicham planos de anistia para o insubstituível chefe do golpe, os números mostram que o povo brasileiro ainda vê em Lula a alternativa capaz de derrotar essa horda reacionária e recolocar o país na trilha da soberania e das estatais. Não é só pesquisa — é um termômetro político que aponta para a necessidade de mantermos a mobilização, a denúncia e a organização popular!
O que a pesquisa revela
A consultoria Quaest divulgou que vai trazer avaliações sobre o governo Lula, o julgamento da trama golpista, a tentativa de anistia a Jair Bolsonaro e aliados, além da disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos — assuntos que não são abstratos: tocam diretamente na vida de quem trabalha, estuda e produz neste país. O levantamento encomendado pela Genial Investimentos ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro, e será divulgado em etapas: primeiro a avaliação do governo e dos temas nacionais; em seguida, o cenário eleitoral de 2026.
O último levantamento, de 20 de agosto, já mostrava um quadro interessante: 46% de aprovação e 51% de desaprovação — tecnicamente um empate dentro da margem de erro, mas um sinal claro de que a luta política ainda está viva. Lula aparece como o candidato que venceria todos os adversários apontados no 1º turno, segundo as simulações; e manteria vantagem em muitos cenários de 2º turno. Isso não é sorte: é fruto de um histórico de resistência política, de medidas que protegem o país das privatizações e da promoção das estatais como instrumentos de desenvolvimento. Quem quer anistiar Bolsonaro quer enterrar a democracia e proteger saqueadores — e precisa ser derrotado nas ruas e nas urnas.
A lista de adversários hipotéticos é o retrato do que resta da direita: nomes como Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Romeu Zema e Ronaldo Caiado aparecem nas simulações. Alguns são meras figuras de mídia, outros tentáculos do bolsonarismo; todos compartilham um projeto de desmonte do Estado e entrega do país às corporações — um projeto que o povo rejeita quando tem clareza do que está em jogo.
Além do jogo eleitoral, a pesquisa vai medir opiniões sobre o chamado “tarifaço de Trump” e a situação econômica. A guerra comercial e as pressões externas sobre a indústria nacional não são fantasia: são motivos a mais para defendermos empresas públicas fortes, uma política externa soberana e medidas que protejam trabalhadores e produção nacional. O debate sobre tarifas e comércio não é tecnicidade acadêmica — é luta de classes em forma de política econômica.
Vale lembrar: pesquisas encomendadas por bancos e corretoras tentam visar investidores, mas também funcionam como mapa político para as ruas. A informação é arma — e cabe aos movimentos populares transformar esses dados em ação. Se a direita aposta na desmobilização e em manobras legais para tentar salvar seus líderes, nossa tarefa é clara: intensificar a organização social, fortalecer o campo progressista e ampliar a frente democrática que tem Lula e o PT como referências centrais de uma nova etapa da luta anticapitalista no Brasil.
A Quaest trouxe números; nós precisamos transformar esses números em pressão social e agenda concreta: defesa das estatais, combate às privatizações, investigação e punição dos golpistas e construção de uma política econômica que priorize emprego, indústria e soberania. Se querem disputar o futuro com truques, vamos responder com luta, claridade política e mobilização permanente — porque a democracia não se negocia e o país não se entrega aos bilionários de sempre.