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Tarifaço de 50% dos EUA fortalece busca do Brasil por novos mercados e pode reduzir preços no mercado interno, diz Rui Costa

O anúncio do imposto de 50% que Trump jogou sobre nossos produtos é mais um capítulo da agressão imperialista que visa estrangular a economia brasileira e golpeia em cheio os trabalhadores. Enquanto a direita golpista e seus bilionários celebram, o governo federal acelera a resposta, buscando novos parceiros comerciais para driblar o protecionismo estadunidense.

Uma investida imperialista e a resposta popular

Desde quarta-feira (6), quando entrou em vigor o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA, cerca de 35,9% das nossas exportações foram diretamente afetadas, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Carne e café, itens fundamentais para o nosso povo e para a economia nacional, viraram alvo preferencial do Donald Trump de plantão. Mas quem pensava que o Brasil ficaria de joelhos se enganou.

“Estamos intensificando essa diversificação de investimentos, buscando comprar e vender produtos e trazer investidores de países diferentes para que, primeiro, o Brasil possa receber muitos investimentos, segundo, investimentos de nacionalidades diferentes para não ficar dependente de país nenhum” — Rui Costa, ministro da Casa Civil.

Enquanto a extrema-direita nos puxa para o fundo do poço, Jair Bolsonaro tentando afundar a Petrobras e entregar o pré-sal aos tubarões privados, o campo progressista, liderado por Lula e o PT, mostra que há saída. O governo já dialoga com China, Índia e outros mercados em expansão, reduzindo burocracias e estreitando laços comerciais que rompem o cerco estadunidense.

Não é hora de privatizar nem de baixar a cabeça: é hora de fortalecer as estatais e defender o patrimônio do povo brasileiro!

Impactos no bolso e o jogo da especulação

Segundo Rui Costa, apesar do susto, o golpe tarifário não é o fim do mundo. Há duas décadas, mais de 25% das nossas exportações iam para os EUA; hoje esse índice caiu para 12%. Com isso, muitos embarques podem ser redirecionados para outros compradores sem grandes traumas. O próprio ministro destaca:

“O impacto é importante, mas ele não é devastador para economia nacional. Quinze, 20 anos atrás, o Brasil exportava mais de 25% para os EUA. Se fosse naquela época, o estrago seria gigantesco, mas hoje o Brasil exporta apenas 12% e muitos produtos exportados para lá são facilmente realocados para outros países, por exemplo, carne” — Rui Costa.

No curto prazo, parte da produção de carne e café que não seguir para os EUA acaba ficando no mercado interno, pressionando para baixo os preços. É o que se vê nas gôndolas: o quilo da carne tem caído, assim como o preço do café, que despencou 0,36% em julho, segundo o IPCA-15. Esse alívio momentâneo no bolso do povo é fruto de disputa de mercado, não de bondade do grande capital.

“O preço da carne poderá até cair no início do tarifaço, com uma demanda menor dos EUA. No entanto, os valores deverão subir depois, devido à redução no abate de animais” — Economista ouvido pelo g1.

Logo, não se iluda: depois da calmaria, a tempestade especulativa volta todo rechonchuda. Sem uma forte política de controle de preços, sem regulação estatal e sem priorizar a produção para atender a população, os bilionários da carne vão fazer a festa.

Mais que nunca, é preciso acelerar a transição para uma economia planificada em setores estratégicos, fortalecer a agricultura familiar e as cooperativas, investir em pesquisa agroecológica e colocar o povo no centro das decisões. Pergunta-se: vamos ficar assistindo ao desfile de arrogância imperial ou vamos reagir com soberania e solidariedade internacionalista? A hora é agora.

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