O presidente dos Estados Unidos, com ares de xerife global, resolveu servir mais um capítulo de seu show protecionista: assinou um decreto que impõe tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros. Enquanto dribla nossa soja e nosso aço com exceções miraculosamente alinhadas aos interesses de grandes corporações americanas, nosso povo assiste atônito a mais um ataque imperialista que penaliza a classe trabalhadora.
O teor do decreto e as “isenções” curiosas
O texto oficial da Casa Branca eleva em 40% a alíquota sobre tudo que é brasileiro, chegando ao famigerado 50%. Na lista de exceções, aparecem suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos — tudo aquilo em que as gigantes estadunidenses têm participação ou sobra de mercado para escoar.
É como se Trump dissesse: “Vou taxar vocês, mas só nas áreas que não me interessa tanto”! A justificativa é proteger empresas americanas de “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à economia dos EUA”, além de criticar Nossa Suprema Corte por “perseguição política” a bolsonaristas.
Imperialismo disfarçado de defesa da liberdade
Segundo o comunicado, o STF estaria praticando “censura, processos judiciais e intimidação” contra apoiadores de Jair Bolsonaro — ironicamente, o mesmo Bolsonaro que foi blindado por milícias e ataques antidemocráticos. As acusações recaem principalmente sobre o ministro Alexandre de Moraes, apontado como “juiz tirânico” que imporia multas e congelaria ativos de empresas americanas.
Não é difícil perceber que esse discurso sobre “liberdade de expressão” é só fumaça para encobrir uma guerra comercial brutal!
“Eu não vou ligar para o Trump para comercializar porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática”, declarou o presidente Lula, no que pode ser visto como um gesto diplomático curioso em meio ao embate tarifário. E, claro, o mesmo Trump que trata o Brasil como quintal considera “improvável” qualquer recuo em suas exigências.
Negociações travadas e estratégias de resistência
Enquanto o Brasil tenta abrir um canal de diálogo — com Haddad buscando reuniões no Tesouro dos EUA e Lula disposto a um “conversa climatológica” —, a retórica de Washington segue intransigente. A suspensão de vistos de ministros do STF e do procurador-geral Paulo Gonet engrossa o tom punitivo.
“Quando se trata de defender empresas americanas, os EUA não brincam em serviço”, resumiu sem pudor um representante da Casa Branca, cujo nome ficou no backoffice dessa decisão.
O cenário é de tensão: empresários brasileiros formam grupos de crise, o governo prepara um plano de contingência para não deixar fábricas e agricultores reféns desse “tarifaço” e movimentos sindicais se mobilizam contra mais esse golpe do capital estrangeiro.
Não podemos aceitar que imperialistas de plantão tratem o Brasil como quintal! O aumento de tarifas não atinge apenas o lucro de exportadores, mas o bolso dos consumidores, a capacidade do Estado de investir em empregos e serviços públicos, e a saúde econômica da nossa classe trabalhadora.
A resposta deve vir da mobilização unificada de sindicatos, de frentes populares e do governo progressista de Lula e do PT, fortalecendo a produção interna e buscando alianças internacionais que ponham em xeque a arrogância dos EUA. A verdadeira independência só existirá quando cortarmos os laços de subordinação e afirmarmos nossas próprias prioridades sociais e econômicas. Está na hora de reagir!